Irish Angel - Capítulo trinta e seis.


"Então faça eu esquecer"
Louis Tomlinson P.O.V's

        E era agora que eu simplesmente sentia o meu corpo por inteiro latejar, e com toda esse latejamento, eu me sentia soar. Ela estava ali na minha frente, olhando para nós três com os braços cruzando e os olhos cerrados, Liam paralisou e Harry deu um pulo do sofá para correr, ou melhor se esconder, eu deveria ter feito o mesmo, mas nenhuma ideia vinha a minha cabeça, só a ideia idiota de abrir a boca para tentar dar uma explicação mesmo com a resposta do resultado na minha cabeça.

Eu: É que Ally, olha...
Aline: Não quero enrolações, quero saber disso logo de uma vez.
Eu: Bom é que...
Aline: É que?
Eu: Droga, me deixa continuar.
Aline: Ah sim, continue Louis Tomlinson. -levantei e então ela ergueu a sobrancelha e ficou me olhando com os braços cruzados-
Eu: Bom, eu...
XXX: Olha eu vou no mercado comprar... -Camila disse descendo as escadas, ela olhou pra mim e pra Aline umas três vezes- Eu vou... bom, não vou falar. Tchauzinho. -com certeza havia notado o clima-
Harry: Hei espera, sabe tenho que comprar bolacha...
Liam: E eu acho que tenho que comprar leite...
Harry: Isso leite é bom pra comer com bolachas. -bufei irritado enquanto olhava eles- Bom, fiquem a vontade, a casa é de vocês.
Eu: A casa é minha idiota.
Harry: Foi o que eu quis dizer. -ele sorriu e fechou a porta, passei a mão pelo rosto, definitivamente tenho os melhores amigos do mundo. Olhei para a Aline e ela batia os pés irritada-
Eu: Eu tava falando o quê mesmo? -forcei um sorriso-
Aline: Você é um idiota. -ela disse entre os dentes e eu suspirei nervoso- Então vocês me apostaram? ME APOSTARAM LOUIS? O QUE EU SOU? UMA MERDA DE UM PRÊMIO DE CONSOLAÇÃO? VOCÊ É UM BABACA, INÚTIL. -ela veio na minha direção e eu tentei exitar, mas era tarde demais, senti ela dando socos no meu peito-
Eu: Droga Aline, isso dói.
Aline: Que bom, espero que doem mesmo. -ela sentou no sofá já vermelha e suspirando cansada, seus olhos pediam por lágrimas, mas não era isso que acontecia, suas mãos só tremiam e ela estava bem vermelha com a respiração cansada- Eu não entendo. -me sentei ao seu lado e ela se afastou-
Eu: Olha, era bem no começo da nossa amizade, eu mal sabia que a gente ia continuar se falando, eu nem sabia que você ia virar minha amiga, entende Aline, não sou de me apegar a ninguém, então era só uma brincadeira idiota a parte, todos os meninos fazem isso... -ela me interrompeu-
Aline: Tá ai, uma coisa que me surpreende. Achei que você era diferente deles.
Eu: Eu sou... eu juro, mas é que eles estavam falando que eu gostava de você e eu fui pressionado, não sou bom com sentimentos, queria mostrar que não era verdade, que estava disposto a qualquer coisa, pra provar que não.
Aline: Olha que legal, você nega a si mesmo seus sentimentos. Mais um ponto Louis Tomlinson.
Louis: Não foi por isso Aline, me entenda.
Aline: ME ENTENDA? AH POR FAVOR, NÃO FALA ISSO PRA MIM. VOCÊ ME APOSTOU QUE NEM UMA IDIOTA NA BRINCADEIRA DE VOCÊS? AH QUAL É, VOCÊ NEM ME CONHECIA E JÁ SAIU ME APOSTANDO POR AI. -Emily se mexeu no chão, mas não acordou- Você é ridículo... eu nem sei o que pensar... -ela continuou falando, mas droga eu não conseguia entender, meus pensamentos eram mais altos, eu não sabia o que eu sentia, mal sabia o que se passava naquele momento, era tão insano, e me fazia sentir raiva de mim mesmo, era como se eu estivesse perto de perder alguma coisa e eu não pudesse fazer nada, não necessariamente isso, talvez eu possa fazer algo- Milhares de garotas por ai, e vocês me colocam em uma aposta...
Eu: Eu te amo Aline. -Ela parou de falar e ficou me olhando, eu tentei não sorrir, mas eu queria isso. Ela ficou me encarando por um tempo, tentando entender.- É sério, eu te amo... Eu fiz aquilo tudo porque eu não queria dizer a mim mesmo que estava apaixonado, eu sou um cara que não gosta desses sentimentos, eu fiz uma jura a mim mesmo que nunca mais me apaixonaria por nenhuma garota, mas com você foi diferente, entenda... -pausei- e me apaixonar fez com que meu corpo reagisse de outro modo, por mais que meu coração falasse que eu estava apaixonado o meu cérebro bloqueava qualquer sentimento, eu me sinto fraco quando penso em você, e eu não queria sentir isso, eu não queria estar apaixonado, eu não fiz por mal, eu só queria aceitar a mim mesmo que não estava apaixonado. Apenas isso.
Aline: Apenas isso. -ela sussurrou- Qual foi a aposta mesmo? -ela me olhou- Ah sim, se Manchester ganhasse você teria que ficar longe de mim, bom acho melhor você cumprir seu acordo.
Eu: O que você quis dizer com isso?
Aline: Ah, estou falando grego? Oh céus. Não fique mais perto de mim.
Eu: Não Aline, eu abri a porra do meu coração pra você.
Aline: É, e você me colocou em uma aposta.
Eu: Tenta entender, nem é algo tão sério assim.
Aline: Ah não? Como você se sentiria em saber que duas meninas apostaram você, se caso tal time ganhar, você será de uma, se ele perder você será de outra. Oh nem é algo tão sério assim. -ela ironizou e eu suspirei BEM fundo-
Eu: Ok, eu estava errado. Desculpa ok?! A gente pode tentar de outro jeito.
Aline: Eu estou indo embora. -ela colocou o que segurava em cima da mesa ali, e passou por mim indo até a porta. Eu não consegui me mexer, não sei o que deu em mim, eu vi a garota que eu sonhei diante seis meses passar pela minha porta e eu não fiz nada, não consegui fazer nada, que grande cara eu sou?-
Eu: MERDA. -soquei a parede-
XXX: Você deveria ir atrás. -ouvi a voz da minha mãe e encontrei seus olhos olhando pra mim assustados-
Eu: Ir atrás? Ela me mandou ficar longe dela.
-E só por isso você vai ficar?
Eu: Claro mãe, entenda... eu não sou desses que fica se arrastando atrás das garotas.
-Mas você a ama Louis!
Eu: Mas ela me mandou ficar longe.
-Você é um problema sério, filho entenda... quando uma menina pede para ficar longe, no fundo ela quer que você vá atrás.
Eu: Mãe, as meninas são complicadas. -me sentei na escada- Tudo seria mais fácil, se elas aceitassem nossas desculpas e tentarmos começar de novo.
-Se nós fazermos isso, os homens vão sempre errar de novo, e de novo... e de novo.
Eu: E então que droga eu vou fazer?
-Você vai levantar dai e ir atrás dela, conversar e pedir desculpas.
Eu: Eu já pedi.
-Você errou Louis, você tem que fazer.
Eu: Tá ai uma coisa que eu não vou fazer...
-Não entendi. -ela perguntou me olhando-
Eu: Deixa-a pensar, é isso que ela quer né? Então a deixa pensar... quando for a hora certa se ela for a pessoa certa, a gente se acerta.
-Nada na vida é tão fácil, as vezes precisamos lutar para conseguirmos.
Eu: Tá mãe, mas eu me humilhei na frente dela, eu disse que a amo, disse que estava louco por ela, e sabe o que ela fez? Saiu por aquela porta sem olhar pra trás, ela não quer saber? Muito menos eu...
-Ah! -ela suspirou-
Eu: O quê?
-Você está de novo fazendo isso, se fechando a você mesmo, fechando seus sentimentos, ficando ileso a qualquer queda ou sofrimento. O Louis Tomlinson está de volta, manda dizer que os minutos com o meu Boo Bear foram ótimos. -ela levantou e saiu andando em direção a cozinha, revirei os olhos e abaixei a cabeça passando as mãos nos meus cabelos-
Eu: Ele ainda tá aqui, só que o medo de amar é maior do que o de viver.

SeuNome P.O.V's

        Caminhei por toda a sala da professora de Teatro, que tinha como apelido Mel. Que eu ainda não entendi, talvez seja por seus cabelos cor de Mel, ou talvez seu beijo tenha gosto de mel, mas eu não quero pensar nisso, não venho a casa das pessoas para pensar a respeito sobre elas, já que a maioria da população faça isso, minha mãe sempre me disse que eu não sou igual a todos, nisso eu tenho razão com ela.
        Um sofá de camurça verde-musgo se encontrava na sala de frente com uma enorme televisão de plasma que pelo meu estudo era uma de 38 polegadas, não que eu saiba o tamanho exato das polegadas, mas eu sei reconhecer o tamanho de uma televisão. Tinha uma pequena mesa de centro, com um vidro escuro em cima e acompanhado de madeira escura, a sala era bem simples ao resto da casa. Me sentei no sofá e senti um conforto maravilhoso, poderia ficar ali por quantos dias eu quisesse. Regina, ou melhor Mel, me olhava confusa, e sentou na cadeira toda revestida em algodão na minha frente, sorri fraco e ela não retribuiu.

Regina: Se me permite, queria dizer que você tem o olhar do seu avô quando ia aprontar alguma coisa. -ela riu baixo e eu suspirei-
Eu: Não quero que fale dele.
Regina: Ué, quando você era pequena o amava... Bom, ele morreu tão novo, mas você tinha seus...
Eu: NÃO FALA DELE DROGA. -gritei e ela parou de falar e rendeu as mãos-
Regina: O que veio fazer aqui?
Eu: Preciso saber uma coisa.
Regina: O quê?
Eu: Quem era o garoto que acabou de sair daqui?
Regina: Por que quer saber?
Eu: Não sei, curiosidade.
Regina: Curiosidade? Bom... vai ficar apenas na curiosidade.
Eu: Bom, será legal amanhã cair no ouvido de todos da escola, que a Professora Regina de Teatro tem um romance secreto com uma de suas alunas. Ops. -coloquei a mão na boca, e a reação da “Mel” foi um tanto engraçada- E a propósito, qual é a tal desse seu apelido, Mel? Você dá mel, para suas alunas que você quer se envolver? -levantei e comecei a andar-
Regina: Você é cretina que nem a sua mãe. -Parei e a encarei-
Eu: Você não sabe nada sobre a minha mãe.
Regina: Não? Apenas sei que cada filho dela é de um homem diferente, e que o homem que Justin chama de pai é apenas seu pai. E que o velho que morreu era apenas um velho idoso que a família pegou da rua para cuidar.
Eu: NÃO FALA DO MEU AVÓ SUA VELHA VADIA MISERÁVEL. -gritei e ela me encarou, suspirei tentando me acalmar-
Regina: Bota as assas pra fora passarinho. -ela disse nervosa- Afinal, sua mãe também era assim. NA ESCOLA era a que todos adoravam, que chamava a atenção de todos, e chantageavam os mais nerds.
Eu: Qual é Regina, você era a NERDIZINHA que a minha mãe bolinava?
Regina: Você nunca saberá.
Eu: Oh, minha mãe era a popular da escola...
Regina: E agora tá pagando por tudo... Seu câncer... bem-merecido.
Eu: Bem o quê? Bem merecido é …
Regina: E você... recentemente não teve um filho? Era isso que todos estavam comentando por ai. -paralisei e fiquei pensativa- Sua mãe fez tanto ódio na escola que agora está pagando por tudo.
Eu: Isso tudo é inveja? É inveja da minha mãe ter conseguido tudo o que você não conseguiu? Como deve ser morar nessa casa, sozinha, sem ter nada pra fazer, sem ter alguém para conversar, sem ter pessoas para lhe fazer sorrir, solitária... como deve deitar a sua cabeça no travesseiro sabendo que amanhã quando você acordar não vai ter ninguém que te diga “bom dia, dormiu bem?” ou alguém que lhe sorria com sinceridade e faça o início do seu dia melhor? Fale o que quiser da minha família, da minha mãe, de mim, ou seja lá o que for... Mas você, eu tenho pena de você.
Regina: E eu nojo de você... Chantagista.
Eu: Oh meu Deus, me ofendeu tanto. Vai me contar quem era o garoto?
Regina: Vá embora da minha casa, não quero me alfinetar com você.
Eu: Ah, quer saber eu vou mesmo, tchau cinderella.
Regina: Menina infantil.
Eu: Velha idiota. -cantarolei enquanto abria porta da sua casa, e assim que pus meus pés para fora bati a porta com força. E fiquei parada do lado de fora olhando pro nada, que merda eu estava fazendo, o que eu estava tentando ser, uma coisa que jamais sairia de mim, isso não era certo, eu nunca fui assim. Era só mais uma idiotice que eu estava fazendo entre tantas que eu já fiz, respirei fundo e caminhei até a calçada e escutei a porta da casa da Regina abir, então eu me virei e ela me encarou-
Regina: SeuNome? -sua voz calma sussurrou e eu a encarei- Você vai contar a escola toda, aos diretores sobre aquilo?
Eu: Não vou, não preciso disso.
Regina: Muito obrigada, é um favor que você me faz.
Eu: Não estou fazendo pra você, e sim pra mim mesma, estou cansada de sempre fazer as pessoas sofrerem. -disse mais para mim mesmo do que para ela-
Regina: Eu não posso te contar quem é.
Eu: Tudo bem, eu não quero mais saber. -olhei pro chão e comecei a caminhar de volta pra casa, não era longe dali, na verdade era sim, mas eu gosto de caminhar, me faz pensar, refletir, tirar conclusões que podem ou não ser verdade. Me faz ficar sozinha, em um mundo que é só meu.-

[…]

        Cheguei em frente de casa e o carro do Jai estava lá, bufei irritada e abri o portão e logo caminhando pra dentro de casa. Entrei em casa e olhei em volta, na sala não tinha nada além da televisão ligada, bufei irritada e subi as escadas sentindo o meu corpo latejar, e escutei uma conversa e não sabia identificar de onde vinha, a porta do quarto da Jasmine estava aberta, estava tudo claro e limpo, mas ela não estava lá, caminhei mais um pouco e o silêncio reinou, empurrei a porta do meu quarto que estava encostada e me deparei com aquelas pessoas que antes eu nunca poderia imaginar que estariam todas no meu quarto. Niall estava sentado em minha cama, sem a camisa e apenas de bermuda, não estava tão quente assim, Zayn estava na janela com um gibi na mão, mesmo que fosse em português, ele adorava ver os desenhos, Justin estava sentado no chão, Jai na cadeira que ficava em frente a mesa do meu computador e Jasmine na cama junto com Niall, Marcela estava sentada na poltrona que era de meu avô, que nunca mais usei a não ser para colocar as roupas que eu pego do varal. Olhei para todo mundo exatamente dessa ordem e fiz uma careta enquanto tirava a jaqueta do Zayn do corpo e jogava no chão.

Eu: Existe uma sala lá em baixo, e elas servem para conversar.
Niall: Preferimos no seu quarto.
Eu: Porquê a alguém desabilitado que não possa andar?
Justin: Por que toda essa agressividade?
Eu: Ah, me deixa. -peguei uma muda de roupa seca e limpa a sai do quarto indo em direção ao banheiro para tomar banho-

[…]

        Tinha ficado mais de uma hora e meia no chuveiro, eram tantos pensamentos na minha cabeça que eu mal poderia raciocinar, juro que se não tivesse muita coisa já tinha entrado em depressão com o que restaria. Era exatamente ao contrário da vida das outras pessoas, como eu conseguia sentir inveja delas? Com certeza a vida delas são melhores que a minha, tá ai a inveja que eu sinto, talvez os problemas delas são bem fáceis de acertar quanto o meu. Fico pensando se um dia eu ainda terei paz, se eu poderei aproveitar a minha vida antes dela mesmo acabar.

        “Toc, toc, toc, toc, toc, toc” Batiam aceleradamente na porta, alertando que estava na hora pra eu sair, mas simplesmente não queria... ficar ali trancada com a água quente caindo nas minhas costas me relaxando e me tirando dos maus pensamentos. Se pudesse ficaria ali para sempre.

-Vamos SeuNome saia dai. -Minha tia pigarreou-
Eu: Eu já vou. -respondi desligando o chuveiro e saindo do box-

        Peguei a toalha e enrolei no corpo e mexi no meu cabelo molhado e logo o penteando, me olhei no espelho por alguns segundos de distração e a minha aparência estava horrível, eu estava cansada, minhas pernas e o meu corpo latejava. Era como se eu precisasse de muitas e muitas noites de sono para conseguir recuperar toda essa tensão.

-Vai sair dai ou precisa que eu abra a porta pra você. -Minha tia reclamou de novo-
Eu: Tá fazendo guarda? Me deixa em paz.
Marcela: Precisamos conversar SeuNome.
Eu: Ah que droga, já estou saindo.

        Viu? Não tenho paz, não tenho minutos para pensar, quem dirá horas para dormir e relaxar. Terminei de me vestir e coloquei a toalha no lugar, deixei o meu cabelo solto para secar naturalmente mesmo que eu saiba que vai ficar uma bosta depois de seco. Abri a porta devagar e tomei um susto, Marcela e o Niall estavam encostado na parede de frente pro banheiro.

Eu: Que susto. -falei sem reação alguma, não foi um susto, só não tinha nada pra dizer.-
Marcela: Precisamos conversar... eu você e o Niall.
Eu: Sério?
Marcela: Sim. -fechei a porta do banheiro e olhei para eles-
Eu: Podem começar.
Marcela: Primeiro, quero saber porque você foi na padaria hoje?!
Eu: Eu... fui falar com a Rachel.
Niall: E o que foi falar com ela.
Eu: Eu quero resolver esse negocio todo das fotos.
Marcela: Não precisa se preocupar o Jai...
Eu: O que o Jai fez?
Niall: Ele assumiu que tirou as fotos e que foi porque ele sente uma atração por você.
Eu: O quê? É mentira, não foi o Jai que tirou as fotos, ele teve milhares de horas pra fazer qualquer coisa comigo e não fez, porque ele tiraria fotos, já que ele estava perto de mim suficiente?
XXX: Desculpa SeuNome. -ele disse baixo-
Eu: Para de mentir Jai, não foi você que tirou a foto.
Jai: Eu não posso fazer nada a respeito disso.
Eu: Ah que droga, eu estou cansada. Eu não quero saber mais dessas fotos, foda-se quem está mandando elas, eu não me importo mais. -Niall me encarava- Eu vou dar uma volta.
Marcela: Mas SeuNome nós...
Eu: Olha, me deixem pensar um pouco, me deixa. -respirei cansada e desci as escadas correndo, passei pela sala e sai de casa batendo o portão com força, comecei a caminhar pra um lugar que eu conhecia muito bem.-

        Cheguei em frente a casa da Magda, ela era uma menina popular da escola, mas diferente daquelas de filmes ela era legal, falava com todo mundo, tratava todo mundo bem, era por isso que era popular. Cheguei em frente a sua casa e dei algumas batidas em sua porta e ela abriu logo depois sorrindo, e assim que me viu sua primeira impressão foi de espanto, depois ela sorriu e logo me deu um abraço apertado.

Magda: Uau, que bom te ter aqui SeuNome... a gente nunca foi de se falar né... fico até impressionada. Como é a Inglaterra?
Eu: É... é bonita.
Magda: Conheceu algum gatinho lá? -ela me puxou pra dentro da sua casa, aonde estava alguns de seus amigos-
Eu: Conheci alguns.
Magda: Está aqui desde quando?
Eu: Desde... seis ou sete meses mais ou menos.
Magda: Hum.. e eu não te vi.
XXX: Eu a vi, andando com um menino de barba e topete preto. -um garoto comentou-
Magda: Seu namorado?
Eu: Não, só um amigo mesmo.
XXX: O namorado dela é o de cabelos castanhos sorridente.
Eu: Não, nem ele.
Magda: Hum... então tem um. -assenti com a cabeça- Isso é bom, você tá na idade de ter namorados... mesmo que eu não tenho um, gosto de influenciar as pessoas a ter. -ela sorriu e me pediu pra sentar no sofá ao lado dela- Você vai vir pra festa?
Eu: Que festa?
Magda: Você não está aqui por isso?
Eu: Não na verdade, eu pensei em vir aqui perguntar se você tinha alguma pra me indicar, eu ando meio com problemas e...
Magda: Uma festa, é uma ótima distração. Eu por exemplo, meus pais adoram me chamar de vadia, me batem, me xingam, me trancam dentro de casa, meu pai bebe muito e bate na minha mãe, ele quebra as coisas dentro de casa e depois se joga no chão e dorme... Então eu bebo para esquecer isso.
XXX: Eu sou a Gabriele. Eu também tenho problemas em casa, meu pai separou da minha mãe quando eu tinha 5 anos, desde então ela se envolve com outros caras, caras bem nervosos, então eles tentam roubar o dinheiro dela, eu ainda tenho trauma, porque aos meus 14 anos um dos namorados dela me estuprou, nunca esquecerei disso. -fiquei a encarando por um momento, elas falavam tão abertamente, como se fosse algo normal- Então eu bebo para esquecer meus problemas.
XXX: Sou o Rogério. Bom, eu sou... hum... eu gosto de homens, meus pais não entendam isso, eu tenho apenas 16 anos e queria entender porque eles não aceitam que eu posso gostar de homens, eu gosto de dar o meu... você entende né? Eu acho prazeroso, eu simplesmente nasci para ser gay. E queria que meus pais entendesse isso.
XXX: Oi SeuNome eu sou o Paulo, eu não tenho problemas com os deles, os meus pais me abandonaram e desde então eu moro com um tio meu, ele usa drogas, então eu já estou acostumado com o cheiro de cigarro de maconha espalhado pela minha casa, eu não vou pra escola desde os 13 anos e trabalho em uma mecânica porque não tenho dom pra nenhuma outra coisa, eu roubo as vezes, mas isso nunca prejudicará alguém, sendo que eu roubo o meu avó de 70 anos que nem lembra quanto dinheiro tem em sua carteira, eu fumo maconha e bebo muito para esquecer esses meus problemas.
Magda: Viu SeuNome, todos temos nossos problemas é por isso que gostamos de festas e bebemos, tem pessoas assim como a Gabriele que se cortam para amenizar a dor. Conta pra nós o que ouve para você querer entrar no nosso caminho. -suspirei cansada-
Eu: Lembra da história do meu avô? -todos da cidade conheciam a história.-
Magda: Que ele morreu por um tiro? Que o Carter deu nele, e você estava junto do Carter e da irmã para roubarem uma joalheria?
Eu: Sim.
Magda: Lembramos.
Eu: Bom, desde então sinto como se a culpa fosse toda minha, se eu não tivesse ido ao encontro do Carter e da Rachel, ele não teria morrido. Para piorar meus pais não se orgulham de mim, e eu nem tento fazer eles se orgulharem. A minha irmã mais nova me causa uma tremenda dor de cabeça, minha mãe tem câncer, e o meu pai parece estar do lado dela por obrigação. Meu irmão tem medo de falar a todos que gostaria de ser cantor, e a minha melhor amiga finge namorar ele pro meu pai acreditar mesmo que ele pode construir uma família e ser cantor ao mesmo tempo. Tem alguém tirando fotos minhas e do meu amigo gringo e revelando as fotos e mandando pra minha casa com uma mensagem do dia. Algo como “Você estava muito bem acompanhada hoje” “Seu sorriso ao lado dele era como o seu sorriso comigo” Eu sinto confusa, a polícia não consegue achar o cara, e eu me sinto insegura, mesmo sabendo que ele não vai fazer nada porque não fez ainda é que não vai fazer... mas mesmo assim sinto desprotegida por saber que ele tá lá fora tirando fotos de mim.
Rogério: UAU!. -eu já estava chorando-
Magda: Você precisava disso. Precisava desabafar. -Ela me abraçou de lado- Vai ficar tudo bem SeuNome.
Paulo: Nós pensamos assim. Se não deu certo ainda é porque ainda não aprendemos tudo que devemos aprender, quando for a hora tudo vai se acertar.
Eu: Eu não aguento mais esperar. Eu juro.
Magda: Você precisa de uma noite de bebidas. Vamos... hoje tem uma festa a fantasia na boate de um amigo do meu pai, você vai gostar... eu te empresto alguma coisa.
Eu: Obrigada.
Rogério: Acredita, vai ser uma noite bem legal pra você.
Eu: Essa noite eu quero esquecer de tudo.
Gabriele: Você vai!
Continua

<<< Capítulo Anterior                                                     Próximo Capítulo >>>
Bom, eu estou de volta. Tô pensando em postar mais rápido pra acabar logo, sabe como é né? Quero postar OQTTL. Enfim. Espero que tenham gostado desse capítulo, ele tá um pouco fora do comum, mas logo tudo vai dar certo. E pra quem quer hot, vai ter em breve. Suas safadas.
E outro aviso, vou abrir vagas pra moderadoras, mais tarde eu venho com mais avisos sobre esse assunto. É isso ai, até mais.
10

10 comentários:

  1. Ooh mds ta perfeito como sempre ... eu to muito ansiosa pra ler o final ^-^

    ResponderExcluir
  2. jesus essa fic ta perfeitaaaa. to ansiosissima

    ResponderExcluir
  3. Cams sua perfeita .... posta mais ♡♡

    ResponderExcluir
  4. Posta logo outro Camiii rápido pleeeease!!!
    XxLetícia

    ResponderExcluir
  5. AAAhhhhhh posta por favor!!!!!! a cada capitulo fico mais e mais curiosa!!!!!

    ResponderExcluir
  6. perfeito... Cada vez mais... Continua logo
    xx

    ResponderExcluir
  7. Pfto! Posta rapido eu quero logo OTTL <3
    e a fic ''a acordar perto de vc?''

    ResponderExcluir
  8. pfv continuaaaaa pfv ta perfeito

    ResponderExcluir
  9. OMG Essa Fic pe mto perfeita!!
    to amando,continuah plase
    Malikisses

    ResponderExcluir
  10. Oooooommmg muitoo boom mesmo!!! perfeittooominha diwa, leitora nova aquii \0/ \0/ muito perfeitoo mesmo cara to amandooo! #Luana'

    ResponderExcluir