- Deixe Viver as Borboletas
While you're making all the same mistakes - One Direction |
O resto do vôo foi
tranqüilo, trocamos nossos números, comemos mais um pouco e o resto acabamos
dormindo. Quando o avião pousou em Nottingham eram 20hrs30min do dia seguinte e
estava chovendo. Nada que eu já não esperasse, seria inevitável. Já tinha dado adeus
ao calor há muito tempo, precisaria me acostumar ou jamais entraria nos padrões
Londrinos. Dei um olhar desanimado para fora do aeroporto enquanto Sophia
pegava suas enormes malas.
Eu: Quanta coisa. –
falei me aproximando.
Sophia: Aposto que
você também trouxe sua casa inteira.
Eu: Não tenho muitas
roupas de frio, e algumas eu precisei deixar pra trás, sei que aqui vai ser
desnecessário. – falei enquanto carregava meu fiel amigo, Teddy.
Sophia: Talvez.
Também tem alguns climas agradáveis.
Eu: Mas que frio todo
é esse? – perguntei me encolhendo.
Sophia: Se acostume.
Eu: Estranho..
Sophia: O quê?
Eu: Minha mala.. Não
está aqui.
Sophia: Tem certeza?
Eu: Tenho Sophy. Não
está aqui.
Sophia: Quer que eu
te ajude?
Eu: Não. Pode ir.
Sophia: Toma. – ela
me entregou um papel e eu olhei, era um endereço. – É onde eu trabalho. Vá lá
qualquer dia desses. – afirmei com a cabeça e fomos cada uma para um lado.
O frio era enorme e a
chuva não facilitava em nada. Vesti meu casaco e procurei alguém que pudesse me
ajudar. Como eles poderiam perder uma mala? Era só o que me faltava. Sem aquela
mala eu estava absolutamente perdida. Sem roupas. Sem dinheiro. Sem endereço do
apartamento. Sem papeis para o curso. Viraria mendiga de Londres até que minha
mãe tivesse compaixão – coisa que era difícil – para me buscar. Havia um pequeno
balcão com uma escrita que eu identifiquei por "Ajuda". Ótimo, agora
o meu inglês viria a calhar. Havia uma mulher alta, de longos cabelos loiros,
uma boina azul e lindos olhos verdes conversando com alguém – parecia ser um
empregado do aeroporto. Eu cocei a garganta emitindo um "HumHum" e
pude ouvir ela pedir ao rapaz que esperasse um pouco.
Mulher: Pois não?
Eu: Não encontro
minhas malas.
Mulher: Tinha alguma
identificação?
Eu: Sim. Havia um
SeuNome Bennet grifado na parte debaixo.
Mulher: Pode aguardar
um minuto? – eu confirmei com a cabeça e vi ela pegar o telefone – Rob? Emme?
Pode passar pro Rob? Ok. Rob. Tenho um problema pra você. Não, o banheiro não
entupiu de novo. – eu dei uma risada e a mulher sorriu – Uma mala. Você pode
encontrá-la pra mim? Nome? Qual é o nome mesmo?
Eu: SeuNome Bennet.
Mulher: Como é?
Eu: SeuNome
Mulher: SeuNome, Rob.
Escrito na parte debaixo. Pode dar uma procurada?
Eu: Ela é marrom e
média.
Mulher: Marrom.
Média. Vindo no vôo..
Eu: 109.
Mulher: Do vôo 109.
Ok. – ela colocou o telefone no gancho e tornou a me encarar. – Você pode
aguardar perto da esteira das malas, ele irá te procurar lá.
Eu: Obrigada. –
agradeci e a mulher voltou para os olhos do rapaz. Eu apenas dei de ombros.
Fiquei aliviada ao
ver um rapaz trazer as minhas malas. Ele era um dos homens mais bonitos que eu
já tinha visto. Realmente o padrão de Londres era bem mais alto que o do Rio de
Janeiro, pensei. Ele tinha cabelos ondulados, castanhos claros em uma perfeita
harmonia com seus olhos verdes. Ele deu um sorriso que meu estômago embrulhou
completamente. Era o sorriso mais belo que eu já tinha percebido. Me perguntei
se eu estava pronta para amar alguém de novo. Pelo amor que eu tinha a Deus,
como conseguia pensar tanta merda só esperando alguém trazer as minhas malas?
XX: Senhorita..? –
Não sei a quanto tempo ele me chamava, mas só agora consegui prestar atenção.
Eu: Me chame de
SeuNome, por favor. Odeio isso de senhorita. – ele riu. Falei algo errado?
Pronto, passei vergonha antes mesmo de conhecê-lo melhor.
XX: Certo, SeuNome.
Sou Philipus. Tudo bem. É um nome estranho. – eu apenas sorri e balancei a
cabeça negativamente. Ele coçou a nuca e eu derreti. Precisei me segurar na
bancada para não cai. – Pode me chamar apenas de Phil, eu prefiro.
Eu: Obrigada por
trazer minhas.. minha.. a..
Phil: Mala? – ele riu
e eu corei por completo. Tive a impressão de que meu rosto estava pegando fogo,
pois eu o sentia queimar.
Eu: É. Obrigada.
Phil: Rob que as
encontrou. Ficou presa no avião ainda. – eu ri. Afinal, ela era realmente fácil
de ser esquecida - Brasileira?
Eu: Como sabe? –
perguntei confusa.
Phil: Digamos que eu
conheço os padrões brasileiros. – não cora. Não cora. Pronto. Eu havia corado.
Encarei o chão envergonhada e peguei minha mala da mão dele. - Seria
inconveniente se eu pedisse seu telefone?
Eu: Não. Não. Claro
que não. – eu sorri e peguei uma caneta, anotando meu celular no encarte das
viagens que o aeroporto disponibilizava. - Hn.. Aqui está.
Phil: Posso te ligar
pra combinar algo?
Eu: Deve. – desejei
não ter dito aquilo. Deve? Pareci uma desesperada.
Phil: Que legal. Você
toca violão.
Eu: Um pouco.
Phil: Tentei
aprender, acho que não é pra mim.
Eu: É muito fácil só
precisa de pr.. – fui interrompida pelo celular.
Meu celular tocou.
Mensagem. Olhei e lá estava "número desconhecido". Respirei fundo e
li o SMS. "Já está dando em cima de outro? Que vadia. Já me esqueceu
foi?". Olhei em volta do aeroporto. Alguém havia me seguido. Alguém do
Brasil. Alguém que tinha informações o suficiente para saber exatamente que vôo
eu estava pegando. Eu deveria acionar a policia? Deveria contar a minha mãe? Eu
estava começando a me assustar. Meu coração estava acelerado e minhas mãos
soavam bastante. Senti minha respiração ficar mais pesada e pensei que fosse
desmaiar, me escorei na parede. Eu estava sendo perseguida. Alguém estava atrás
de mim. Mas quem? Por quê? Pra quê? O que eu havia feito? Porque eu?
Phil: SeuNome? Você
está bem? – Era a voz de Phil me tirando dos meus devaneios.
Eu: Hn? Phil, preciso
ir.
Phil: Espera. Espera.
– ele me segurou pela mão e eu senti um frio estranho nas mãos me forçando a
soltá-lo imediatamente. – Desculpe.
Eu: Estou bem. Só
preciso ir.
Phil: Posso te ligar?
– ele gritou quando eu estava me afastando.
Eu: PODE! – gritei quando estava mais longe.
Peguei o primeiro táxi que vi pela frente e pedi que ele arrancasse o mais depressa possível. Eu estava desesperada. Estava com medo. Não sabia o que fazer. Não sabia em quem confiar. Não sabia se era seguro o bastante ir para o hotel. Não sabia se era seguro ligar para alguém. Encostei a cabeça no encosto do banco e fechei os olhos, deixando o vento gelado tocar minha face. Era até relaxante. Eu estava cansada, foi uma viagem longa e eu não havia dormido bem antes e dormi pouco. Estava preocupada, estava.. Apavorada. Minha mente processava milhares de possibilidades, mas nenhuma forte o bastante para parecer real. Todas eram bastante improváveis de acontecer. Hipóteses como Voldemort ressurgindo rondava meus pensamentos. A melhor das minhas hipóteses foi: Minha mãe. Talvez ela houvesse surtado de vez e mandado alguém me perseguir enquanto eu estivesse fora, para que de certa forma eu não saísse da linha. Impossível. Minha mãe não faria isso. Então.. QUEM estava fazendo isso comigo? Era a pergunta que não queria calar.
Eu: PODE! – gritei quando estava mais longe.
Peguei o primeiro táxi que vi pela frente e pedi que ele arrancasse o mais depressa possível. Eu estava desesperada. Estava com medo. Não sabia o que fazer. Não sabia em quem confiar. Não sabia se era seguro o bastante ir para o hotel. Não sabia se era seguro ligar para alguém. Encostei a cabeça no encosto do banco e fechei os olhos, deixando o vento gelado tocar minha face. Era até relaxante. Eu estava cansada, foi uma viagem longa e eu não havia dormido bem antes e dormi pouco. Estava preocupada, estava.. Apavorada. Minha mente processava milhares de possibilidades, mas nenhuma forte o bastante para parecer real. Todas eram bastante improváveis de acontecer. Hipóteses como Voldemort ressurgindo rondava meus pensamentos. A melhor das minhas hipóteses foi: Minha mãe. Talvez ela houvesse surtado de vez e mandado alguém me perseguir enquanto eu estivesse fora, para que de certa forma eu não saísse da linha. Impossível. Minha mãe não faria isso. Então.. QUEM estava fazendo isso comigo? Era a pergunta que não queria calar.
XX: A senhora está
bem? – era o taxista.
Eu: Sim. Estou.
Taxista: Pra onde
devo ir?
Eu: Conhece algum
apartamento bom?
Taxista: Tem um na
Lancaster Gate, o Mornington Hotel, perto do Hyde Park.
Eu: Perfeito, me leve
até lá. – terminei de falar e meu celular apitou duas vezes. Havia duas novas
mensagens.
Eu estava com medo de
ver, porém com mais medo ainda de recusar. Encarei o celular com um olhar
suplicante, insistindo por boas noticias. Duas SMS do mesmo número.
"número desconhecido". Meu coração acelerou novamente e eu achei que
me faltava o ar. Li a primeira. "Você sabe que ele não ira ligar. Continua
sendo a princesinha enganada" Meus olhos marejavam. Eu estava prestes a
chorar. Estava recebendo mensagens ameaçadoras de alguém aparentemente
desconhecido, mas que me conhecia perfeitamente bem e sabia todos os meus
passos. Com mais medo do que antes, li a segunda. "Não adianta trocar o
caminho. Eu te encontrarei". Abaixei o vidro e dentei olhar em volta.
Tinha que ter alguém. Algum carro. Alguma moto. Mas era impossível deduzir quem
estaria me perseguindo com um trânsito enorme como o de Londres. Levei as mãos ao
rosto e simplesmente desabei. Comecei a chorar, sem me importar com a presença
do taxista. Olhei para a borboleta no pulso. Não iria matá-la. Precisava de
chocolate. Retirei uma barra enorme da bolsa e comecei a comer enquanto
chorava.
Taxista: Ôh moça. Tem
certeza que ta bem?
Eu: Continua
dirigindo.
Taxista: Sim senhora.
Quando cheguei ao hotel fiquei impressionada. Era tão lindo. Tão mágico. Havia ligado para o hotel que minha mãe havia agendado e transferido o dinheiro para o que eu havia escolhido. Acabei descobrindo que era mais barato, me sobraria ao menos duzentos por mês. Seria ótimo, afinal eu precisaria ir ao shop, mas para isso contaria com a ajuda da Sophia – e de um bom guarda costas. Eu estava tão perdida quanto um cego em tiroteio. Não sabia andar por canto nenhum e se tentasse iria me perder e não seria bom. Seria ao menos bastante suicida se levar em conta que tem um maluco a solta me perseguindo. Meus passos eram curtos e lentos. Eu sentia como se minhas pernas não quisessem me obedecer, talvez fosse cansaço, pensei. Mas de certa forma eu não estava tão animada como antes pra essa viagem. Talvez fosse o frio, ou talvez os olhos sofridos de minha mãe na despedida. Ou talvez – e eu tinha quase certeza – fossem os SMS. Tudo isso havia contribuído para que eu me sentisse perdida dentro de meus próprios pensamentos.
Taxista: Sim senhora.
Quando cheguei ao hotel fiquei impressionada. Era tão lindo. Tão mágico. Havia ligado para o hotel que minha mãe havia agendado e transferido o dinheiro para o que eu havia escolhido. Acabei descobrindo que era mais barato, me sobraria ao menos duzentos por mês. Seria ótimo, afinal eu precisaria ir ao shop, mas para isso contaria com a ajuda da Sophia – e de um bom guarda costas. Eu estava tão perdida quanto um cego em tiroteio. Não sabia andar por canto nenhum e se tentasse iria me perder e não seria bom. Seria ao menos bastante suicida se levar em conta que tem um maluco a solta me perseguindo. Meus passos eram curtos e lentos. Eu sentia como se minhas pernas não quisessem me obedecer, talvez fosse cansaço, pensei. Mas de certa forma eu não estava tão animada como antes pra essa viagem. Talvez fosse o frio, ou talvez os olhos sofridos de minha mãe na despedida. Ou talvez – e eu tinha quase certeza – fossem os SMS. Tudo isso havia contribuído para que eu me sentisse perdida dentro de meus próprios pensamentos.
O apartamento era realmente pequeno, porém bastante aconchegante, exatamente do jeito que eu
precisava. Minha mãe o pagaria enquanto eu fizesse o curso, então eu tinha em
torno de três anos e meio para procurar um emprego e ficar de vez em Londres.
Não. Já estava esquecendo a promessa que eu havia feito para a Annie. Eu iria
buscá-la. Assim que tivesse dinheiro suficiente iria buscá-la e trazê-la para
morar comigo. Mas pra isso precisaria me firmar no curso e me esforçar
bastante. Joguei minha mala em qualquer canto e fui até o banheiro, tomei um
banho e me deitei no sofá. Minha vida estava prestes a mudar. Mas porque eu
sentia tanto medo? Porque estava tão receosa quanto a isso? Era como se eu
soubesse que algo estava prestes a acontecer, e de certa forma era agonizante.
Estava vestida da maneira mais confortável possível. Uma calça larga que mais
parecia pertencer a alguém realmente mais gordo e uma blusa que mais parecia um
avental. Estar sozinha nessas horas era primordial, a não ser que eu
pretendesse aparecer na capa de alguma revista. Eu estava exausta. Muitas
coisas haviam acontecido de maneira muito rápida e eu não tive tempo de
acompanhá-las. Minha vista estava pesada, era como se eu tivesse a forçando a
se manter abertas, impossível. Dormi ali mesmo.
Porque eu tenho que
acordar? Não posso simplesmente permanecer hibernando até o próximo verão?
Droga, porque esse sofá tem que ficar tão bom justamente na hora em que eu
preciso levantar? Uma música invadiu o ambiente e no inicio confesso que eu
comecei a cantar, eu gostava da música. Precisou de alguns segundos para que eu
percebesse que era o meu celular. Levantei correndo e comecei a procurar na
minha bolsa. Já contei que a minha bolsa é mais bagunçada que depósito de roupa
suja? Com exceção do cheiro, é claro. Estava praticamente jogando tudo sobre a
mesa.
Eu: Finalmente. Aqui
está. – confesso que eu estava com medo, mas fiquei feliz ao ler
"casa" no visor. - Fala Beckyta.
Becky: SeuNome?
Eu: Não. Papai Noel.
Becky: Engraçadinha.
Eu: Como esta,
gatona?
Becky: Ótima, e você?
Eu: Bem. – confesso
que eu tinha vontade de contar sobre as SMS, mas não queria assustá-la, já que
ela não podia fazer nada. – E a Annie?
Becky: Acordou
chorando.
Eu: Ain. Que dó.
Becky: Ela está assistindo Bob Esponja.
Eu: A essa hora?
Becky: Fuso horário.
Eu: Esqueci. Ela se
acostuma. Vem cá, não ia se demitir?
Becky: Pois é. Mas sua
mãe não voltou desde que foi te levar para o Aeroporto.
Eu: Relaxa. Ela deve
ter dormido no 'trabalho' de novo. - falei dando ênfase ao trabalho.
Becky: É. Eu sei.
Como foi a viagem?
Eu: Cansativa viu.
Mas conheci uma menina bem legal. E um menino lindo. – falei mordendo os
lábios.
Becky: Safada!
Eu: Qual foi?! Só
estou aproveitando a viagem. – falei rindo.
Becky: Quer falar com
a Annie?
Eu: Não. Deixa ela se
divertir. Se ela falar comigo vai começar a chorar.
Becky: Verdade.
Preciso desligar. Vou aproveitar pra assistir com ela.
Eu: Aproveite, amiga.
Dois beijos.
Becky: Três beijos.
Eu: Até. – desliguei rindo e então percebi que havia uma SMS não vista.
Minhas mãos começaram a suar frio. Apertei trêmula para ler. O que eu pensava que estava fazendo? Não tinha coragem o suficiente. Não era forte. Sou apenas uma menina sofrida que não teve o amor de sua mãe. Sou apenas uma menina qualquer presa em um mundo de ilusão. Olhei para o visor do celular, lá estava "1 nova mensagem". O que iria acontecer se eu não lesse? Não. Eu tinha que ler. Respirei fundo e o fiz. "Trocou de curso no meio do caminho. Mas eu te encontrei." Meu corpo estava mole o suficiente para me derrubar. Lá estava eu, indefesa, chorando. Seria muito infantil se eu dissesse que precisava mais do que nunca do colo da minha mãe? Isso tudo era demais pra mim. Isso era.. Era.. Mais do que eu poderia suportar. Outra mensagem havia chegado e essa me deixou um pouco confusa. "Você não tem o colo da sua mãe, não é? Mas se pensar bem.. quando foi que você teve? Você nunca teve mãe. Já se perguntou o porquê de tanta frieza?". Espera, o que essa mensagem queria dizer? Como ele ou ela poderia saber que minha mãe era assim comigo? Tinha que ser alguém próximo.. Mas quem? Alguém tão próximo o suficiente para saber que eu tinha viajado. Minha vista queimava, eu simplesmente não parava de chorar. Meu mundo estava desabando outra vez sobre minha cabeça e dessa vez eu não tinha a ajuda do meu melhor amigo, David. Olhei para o relógio, 03hr34min, eu precisava voltar a dormi. Larguei o celular no sofá e fui para o quarto. Não era muito grande, mas era o que eu precisava no momento. Mal havia deitado e já tinha apagado.
Eu: Até. – desliguei rindo e então percebi que havia uma SMS não vista.
Minhas mãos começaram a suar frio. Apertei trêmula para ler. O que eu pensava que estava fazendo? Não tinha coragem o suficiente. Não era forte. Sou apenas uma menina sofrida que não teve o amor de sua mãe. Sou apenas uma menina qualquer presa em um mundo de ilusão. Olhei para o visor do celular, lá estava "1 nova mensagem". O que iria acontecer se eu não lesse? Não. Eu tinha que ler. Respirei fundo e o fiz. "Trocou de curso no meio do caminho. Mas eu te encontrei." Meu corpo estava mole o suficiente para me derrubar. Lá estava eu, indefesa, chorando. Seria muito infantil se eu dissesse que precisava mais do que nunca do colo da minha mãe? Isso tudo era demais pra mim. Isso era.. Era.. Mais do que eu poderia suportar. Outra mensagem havia chegado e essa me deixou um pouco confusa. "Você não tem o colo da sua mãe, não é? Mas se pensar bem.. quando foi que você teve? Você nunca teve mãe. Já se perguntou o porquê de tanta frieza?". Espera, o que essa mensagem queria dizer? Como ele ou ela poderia saber que minha mãe era assim comigo? Tinha que ser alguém próximo.. Mas quem? Alguém tão próximo o suficiente para saber que eu tinha viajado. Minha vista queimava, eu simplesmente não parava de chorar. Meu mundo estava desabando outra vez sobre minha cabeça e dessa vez eu não tinha a ajuda do meu melhor amigo, David. Olhei para o relógio, 03hr34min, eu precisava voltar a dormi. Larguei o celular no sofá e fui para o quarto. Não era muito grande, mas era o que eu precisava no momento. Mal havia deitado e já tinha apagado.
Quando eu abri os
olhos novamente não reconhecia o lugar em que eu estava. Estava tudo escuro e
muito frio. Chovia bastante e o vento não ajudava. E pra complicar eu estava
com roupa de dormir. Eu
me encolhia e massageava meus braços olhando em volta. Onde cardas d’águas eu
estava? Era uma rua escura, uma rua.. Abandonada.
Eu não entendia. Não fazia sentido. Eu não tinha ido pra lá, eu me lembrava. Eu
tinha dormido em um hotel, em Londres, não era? Ou não? Agora eu já estava
confusa. Aquele lugar definitivamente não era Londres. Parecia a cidade onde eu
morava só que.. Alguns anos atrás. Eu estava sozinha em um lugar tão..
Assombroso. Eu precisava de ajuda. Eu gritava, mas.. A minha voz não saia. Eu
estava em desespero, estava tentando correr, mas o meu corpo não se mexia. Era
como se eu precisasse ficar ali, era como se eu precisasse testemunhar algo.
Estava prestes a me forçar a correr quando alguém apareceu. Estava escuro e ela
corria. Corria desesperadamente. Alguém a perseguia. Um bandido talvez.. Minha
cabeça começou a dor e eu levei as duas mãos até elas. Doía demais. Eu não
conseguia me concentrar mais. Quando olhei para a mulher ela corria gritando
que a deixasse em paz, ela estava grávida, eu conseguia ver isso, sua barriga
estava enorme. Eu corri até ela, eu queria ajudar, mas era estranho, quanto
mais eu corria mais ela ficava longe de mim. Tentei gritar, tentei avisar.. Mas
não deu. Tudo ficou branco..
Oi amores, então.. Antes de mais nada eu gostaria de me desculpar pelo tamanho desde capítulo. Hoje eu acordei passando mal. Na verdade, ainda estou. Estava deitada usando o notebook, vim pro pc apenas para postar outro capítulo. Espero que me desculpem. Mas eu garanto que o capítulo 4 será bem grande e engraçado. E se preparem.. Já preparei a parque que os meninos aparecem, é só no 5, porém aparecem divamente. Novamente, desculpa e espero que gostem. Beijinhos. Aline xx
Quando vem o proximo? Melhoras amoree s2s2
ResponderExcluirMelhoras linda! Continue quando puder s2!
ResponderExcluirMuito suspense...
ResponderExcluirContinue assim que puder
Bjs e melhoras
Melhora, agente espera bj bj
ResponderExcluirCarol
Amora melhoras pra ti viu ! E continue quando puder. Estarei ansiosa esperando aqui. PERFECT TUA FANFIC.
ResponderExcluirContinua, tô curiosa pelo resto
ResponderExcluirMelhoras Liamda
MALIKISSES
#Leticia
Lindooo de mais vc é muito perfeita
ResponderExcluiroh Deus,continua! *u*
ResponderExcluirkra, que perfeito, continua logo <33
ResponderExcluirMelhoras,sua fanfic e de mais perfecta Rs...*-*
ResponderExcluirAdorei!!!
ResponderExcluir-A
Melhoras liamda!!!! E dEmore o tempo q precisar !!!! ~ mas nao demore muito ;))
ResponderExcluirUuou, adoro suspense! Melhoras amor, sua fic ta diviiiina!!!
ResponderExcluirpois ée q pena q vc não ta bem mais assim q vc melhorar aposto q vai faze uns capitulos bem legais pra nois BJSSSS NO SEU CORAÇÂO e ve se melhora em rsrs
ResponderExcluirby:Duda
ta otimo linda!melhoras pokasopkaoks-Carol xx
ResponderExcluirMelhores line! Espero q vc poste logo! Beijuuu!
ResponderExcluirBy:Brenda Oliveira.
Ta super legal! posta o mais rapido possivel pfv! E mellhoras pra vc!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirperfeito!!!ameii mto e melhoras!!!thatty xx
ResponderExcluirquando vai ter capitulo hot?
ResponderExcluir