Our Destiny - Prólogo.


Prólogo.

         Início do verão, algumas pessoas indo viajar, outras se divertindo, e eu entrando em uma nova discussão familiar. Andava entre as pessoas com as mãos soando, aflito, nervoso, confuso e muito agitado, tinha acabado de receber uma das piores notícias em minha vida. Eu não entendi porque essa decisão agora, depois de todo esse tempo, eu achava que o amor entre duas pessoas que se amassem durasse para sempre, mas estava errado e percebi está manhã quando vi meu pai que não vinha em casa a dois dias, passar por aquela porta, com uma pasta amarela debaixo do braço, caminhou em volta da mesa e jogou aquele plástico espesso em cima da mesa, atingindo quase o café da manhã de mamãe, que estava como qualquer outro dia, tomando café ao lado de Gemma, percebi que eu não sabia de algo quando ela tirou seus olhos da xícara e encarou meu pai, seus olhos estavam sem brilho algum e ela o olhou sem expressão, o mesmo permanecia parado em pé rente a mesa, nem um bom dia, ou uma explicação de seu sumiço, apenas olhos e olhos se encarando. Quando descobri que aquilo era uma declaração de divórcio, me perguntei “porquê?” eles pareciam felizes, eles eram felizes, comigo, com Gemma. Eles estavam tão bem, porque queriam se divorciar? Porque papai queria deixar a minha mãe? Existia uma nova pessoa na vida de ambos? Quando meu pai disse a minha mãe que queria a minha guarda eu entendi o porque da separação. Fiquei confuso, fiquei nervoso e angustiado, levantei da mesa irritado e imaginando um milhão de razões para isso acontecer, eu não queria, eu não poderia ver eles longe, eu não poderia ficar sem a minha mãe, e viver com o meu pai no centro de Londres era quase que impossível, não aconteceria, ele anda a semanas falando sobre me colocar em um colégio interno e eu não quero viver em um lugar fechado, com pessoas mimadas, filhinhas de papais, crianças e meninas vadias. Eu quero viver na minha antiga escola, com os meus antigos amigos, sendo quem eu sempre fui, essa vida não era pra mim, tanto como uma escola pública ou uma escola interna dão o mesmo tipo de educação, não precisava de tanto pra isso. Não precisava envolver um divórcio no meio disso tudo. Me sentia culpado por tudo agora, e precisava de um tempo só pra mim, pra respirar e tentar resolver de uma vez todos esses problemas, mas não deixaria mamãe sem papai, de modo algum. Eles devem ficar juntos.

         Após andar por algumas quadras, empurrei uma porta de vidro e um sino tocou por todo o lugar, fazendo várias pessoas olharem diretamente pra mim, mexi em meus cabelos enquanto tentava ignorar todos aqueles olhares, andei até a última mesa e me joguei literalmente em uma cadeira de madeira, uma madeira velha e fraca, sem tinta e ressecada igualmente a mesa que tinha um pano vermelho e xadrez a cobrindo com alguns potes de temperos, ketchup e mostarda. Coloquei meu braço com as minhas mãos entrelaçadas em cima da mesa e apoiei meu corpo rente a ela, observei uma garota dos cabelos loiros assim como a maioria das garotas na Inglaterra, sardas abaixo dos olhos e usava um avental azul claro e um pouco sujo com uma calça preta e um tênis de cano alto, ela sorriu pra mim se aproximando e colocando um pequeno papel sujo e plastificado a minha frente.

– Posso anotar seu pedido? – falou sem graça me olhando com o mesmo sorriso de antes.
– Claro que você pode. – saiu totalmente automático, tinha a simples mania de falar com as garotas de uma forma que elas poderia achar que eu estava as “cantando” o que não era necessariamente verdade, eu só tinha esse modo de falar.
– Você pode falar então. – desfez o seu sorriso, e eu a vi olhando pra um lado, tinha um cara ali e ele me olhava, me olhava com fúria, ergui a cabeça e arrumei a minha postura.
– Que tal o seu telefone, acompanhado do seu nome. – cerrei os olhos a vi engolindo seco e se afastando um pouco, e antes que ela me respondesse fui interrompido.
– Hei menina do cabelo enroladinho. – passei a língua em volta dos meus lábios antes de o olhar.
– Está falando comigo? – apontei meu dedo pra mim, me levantando.
– Tira o olho da minha garota antes que eu pegue você.
– E vai fazer o quê? – perguntei irritado, eu só precisava disso, eu só precisava de alguém pra descontar o meu nervosismo, e ele parecia o tal, ignorei o fato dele ser mais alto que eu e o encarei.
– Isso.

         Antes que eu piscasse o cara estava na minha frente e bateu com força na minha barriga, senti uma falta de ar e cai de joelhos no chão, meus olhos se encheram de lágrimas e eu tentei levantar devagar. “A culpa foi dele.” escutei alguém gritar e isso me fez lembrar meu pai e minha mãe, a culpa foi minha deles estarem se separando, se eu, pelo menos, aceitasse estudar naquela maldita escola de novo. Talvez a briga da minha mãe na segunda-feira me defendendo não teria causado tudo isso. […] Levantei vendo o cara me olhar com um sorriso no rosto e antes que ele começasse a me bater – vir pra cima – eu o joguei no chão, eu não tinha ideia de como, mas fiquei por cima dele, e estava pensando em dar apenas um soco, só que quando me dei conta estava dando vários e vários socos em seu rosto, eu não sabia parar e nem queria, pensava em tudo que havia acontecido essa semana em como tudo estava dando errado e essa era a deixa para que eu descontasse tudo de uma única vez, me senti outra pessoa, eu não sei o que estava acontecendo em mim, era como se não fosse eu, como se o meu corpo estivesse sendo comandando por outra coisa, eu estava dominado pelo ódio e pela fúria, senti algumas pessoas tentarem me separar, me puxavam tentando soltar, mas eu, um cara magrelo estava muito preso pra isso. Vi o rosto do cara estar todo “amassado” apenas com os meus socos e ela tentava se defender, mas era em vão. Quando me dei conta parei de socar o seu rosto e arregalei os meus olhos olhando pra minha mão, estava coberta de sangue, tanto sangue que eu fiquei apavorado, fui arremessado longe e jogado ao chão por algum policial qualquer, ele gritava comigo assim como um outro gritava com a lanchonete toda, estava de busto contra a madeira velha enquanto algemavam as minhas mãos, meu queixo estava contra o chão, olhei em volta e todos estavam desesperados, olhei pro garoto e ele sangrava muito, saia sangue de todo o seu rosto de todos os cortes ali, ele me olhava fixo, seus olhos pretos me fazia ficar mais aflito, o que eu tinha feito? O que estava acontecendo comigo? Porque eu tinha feito isso? Que tipo de monstro eu sou?

[…]

         Observei a minha mãe caminhar por aquele corredor escuro e frio ao lado de meu pai, olhei para ela com pena, parecia tão desesperada e com medo, meu pai me olhava com desgosto e ao mesmo tempo dó, eu estava ali, sentado em uma cadeira de estofado vermelho, na delegacia da cidade algemado a uma barra de ferro rente ao ligamento de bancos, quando minha mãe se aproximou mais de mim vi que estava com os olhos cheios de lágrimas e aquilo machucou meu coração eu não conseguia aceitar, ela já estava passando por tantas coisas e eu estava aqui agora, lhe dando mais preocupações, mais problemas que ela poderia aguentar, eu era um bom filho, ah se era.

– Harry meu filho. – se aproximou de mim pousando suas mãos em meu rosto.
– Desculpa mãe, eu sinto muito. Perdoa-me. – implorei enquanto a olhava, eu estava realmente arrependido. O policial que me observava tocou o ombro da minha mãe e pediu que ela a acompanhasse, ela me olhou por alguns segundos e um angustia tomou conta de mim, ela como meu pai entrou em uma sala e eu fiquei ali encarando o chão e perguntando como eu conseguia ser tão idiota, e isso permanecia sendo culpa minha. (…) Alguns minutos depois eu os vi saindo acompanhado de outro policial, agora meu pai mal mantinha contato visual comigo e minha mãe estava mais triste que antes e me olhava decepcionada. – O que está fazendo?

         A policial me ignorou e abaixou perto de mim, e o que ela tinha nas mãos colocou no chão, era uma caixinha preta e estranha, vi a mulher tirando o meu tênis esquerdo seguido da minha meia, levantou a minha calça até aonde não conseguia mais e puxou o meu calcanhar, pegou algum tipo de “cinto para calcanhares” e envolveu em volta, pegou a caixa logo depois e encaixou em um tipo de ímã, prendeu tudo com alguns pinos impossíveis de ser arrancados com ferramentas normais, e ela me olhou sorrindo, eu a olhava com uma questão enorme estampada na minha testa, o que era aquilo? E porque estavam colocando em mim? … Olhei pra minha mãe e ela estava com a mão na boca, e segurando pra não chorar ali. Um policial tirou as minhas algemas, coloquei a minha meia e o meu tênis e fiquei em pé.

– Você ficara preso em domicílio, se tentar passar de 30 metros da sua casa, um dos nossos policiais será acionado, caso você tenha três chamadas você ficara preso em uma cela de verdade. Ficará noventa dias, preso, seu psicólogo irá duas vezes por semana e tome seus remédios indicados, não queremos o mandar para um hospício.
– Hospício? Mas eu não preciso de um.
– Depois de hoje meu querido, os hospícios que não precisam de você.

         Abaixei a minha cabeça e a policial pegou em meu braço e me arrastou para fora dali, minha mãe continuava me olhando e eu sentindo a maior culpa de todas, eu decepcionei a pessoa que eu mais amo, arrumei problemas que eu não deveria arrumar, era um irresponsável, um cara louco, um monstro.
[…]
         As paredes do meu quarto pareciam desbocar, e o teto, eu nunca havia reparado que ele era branco, meus braços estavam atrás da minha cabeça e eu estava trancado no meu quarto, depois que cheguei em casa ninguém quis falar comigo, Gemma me ignorou e disse que eu não era mais o irmão dela, minha mãe se trancou no quarto e não sai de lá faz quatro horas, vejo meu pai falando no telefone desde que chegamos. Se eu pudesse, voltava atrás. Tudo isso foi culpa minha, tudo isso foi tudo porque eu sou um garoto mimado, um garoto sem regras, sem responsabilidade, um garoto idiota, medíocre, criança. Isso tudo é culpa minha, isso tudo foi porque eu sou egoísta, só quero pensar em mim mesmo, não consigo pensar em nada além do que rode a minha volta. Sou um idiota, e esse é o resultado de todos os meus problemas, de toda essa minha falta de responsabilidade. 
15

15 comentários:

  1. Posta logo o primeiro capítulo! Tadinho do Hazz :(

    ResponderExcluir
  2. Posta logo o primeiro capítulo, essa fanfic promete ser perfeita assim como todas as suas outras fanfics.
    Tadinho do Harry, senti pena dele. Também queria saber o que aconteceu com o cara, ele morreu?

    ResponderExcluir
  3. Posta logo ! Eu não gosto de ler fanfics em andamento, apenas terminadas. Mas, Our Destiny me encantou apenas com o prólogo. Tadinho do Styles :(

    ResponderExcluir
  4. Meu Deus, não faça isso com o coração de um Mrs. Styles T^T
    Quase, quase não, chorei. Coitado do Reurie.
    Eu adorei o prólogo, tudo certinho, descrição perfeita...!
    Acho que agora entendi porquê o Harry ficou tão sombrio. Poste assim que puder, Cams ♥:)x

    ResponderExcluir
  5. Coitado do cara que apanhou do Styles gnt O.O tadinho dele tbm, cara posta o primeiro logo please
    xoxo Duda

    ResponderExcluir
  6. Ai meu deus, esse prólogo ficou foda! Posta os primeiros capitulos please!

    ResponderExcluir
  7. Cara , como me consegue fazer chorar só com o prólogo ?
    Tadinho do meu Hazza , ai que dó que deu dele.
    Cams , como você consegue escrever tão bem ... BEM ? Você escreve perfeitamente bem .
    Garota , acompanho o blog desde " O que te torna linda " e eu amo esse blog de paixão.
    Agora entendi porque essa fanfic vai ser diferente das outras.
    Garota , um Harry sombrio é tudo do que eu preciso pra ser feliz ... ou não ... mas foda-se .
    TA PERFEITA , TA LINDA , NÃO TA ESCROTA ... E NÃO PARE.
    Porra garota , coisa mais perfeita que eu já vi . Um dos prólogos mais fodas que eu já li.
    Vamos comentar sobre o prólogo agora.
    Bem , foi uma coisa bem pensada e tals , coisa que nenhuma autora de fanfic tenha pensado antes ,
    obrigadinha por tirar aquela imagem de fofinho do Hazza que quase todas as fanfic's apresentam , obrigadinha por fazer ele o " Zayn " da história.
    Por quê Zayn da história ? Oras , as autoras - principalmente eu - colocam o Zayn como o cara sombrio e que guarda um segredo que quando revelado o torna o bonzinho.
    MAS , esse Hazza do lado negro da força está perfeito <3 , deu mais charme a ele . Certo ? Certo.
    Eu espero que você continue logo , porque eu já estou ansiosa para ler o primeiro capitulo.
    Beijo beijo :* :*

    ResponderExcluir
  8. Não acredito que isso só foi o prólogo.
    Cara não sei como pode ser assim
    Continua logo por favor '-'

    ResponderExcluir
  9. Se esse é so o prólogo imagina como vai ficar a fic !!!
    Posta logo please

    ResponderExcluir
  10. Posta o primeiro capitulo logo cams..por favor se nao eu vo morrer de anciedade..pelo amor de drus nao faz isso comigo!!! :-P
    Alguem conhece um blog bom pra me recomendar ? Sou nova directioner kk

    ResponderExcluir
  11. Espero que não demore de postar o primeiro capítulo Camila, porque depois desse prólogo a ansiedade só fez crescer em mim. CONTINUE xoxo

    ResponderExcluir
  12. Alguem conhece algum outro blog bom de imagines pra me recomendar ?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. http://foreverandeveronedirection.blogspot.com.br/
      Esse é o meu blog, passa la, e deixa seu comentário sobre o que achou, obrigada <3

      Excluir
    2. Espero que você goste!

      Excluir
  13. Hazza agressivoo INAGREDITAVEL !!!!!!!!!!!!!! Amei o prologo hahhahahh
    xx:Gabs Horan

    ResponderExcluir