Dangerous - Capítulo oito.


[...]
O mundo injusto.
SeuNome P.O.V's

– SeuNome, hei SeuNome... SeuNome! -escutava uma voz no fundo da minha cabeça me chamando era estranho como se estivesse longe, respirei fundo e olhei pro lado vendo meu pai ao meu lado, olhei rapidamente pra mim e eu estava em pé ao lado da poltrona de meu pai e ele segurava o jornal.-
Eu: EU NÃO VOU ME CASAR COM BRAD, NÃO VOU. -gritei assustada e todos olharam pra mim, confusos e a minha mãe se levantou indo na minha direção e me abraçou ao ver a minha expressão desesperada.-

          Olhei em volta e Brad não estava na sala, somente meus pais e minha irmã com a sua xícara com desenhos natalinos, suspirei pesadamente e senti as lágrimas quentes escorrerem meu rosto, minha mãe me apertou contra seu corpo fortemente e eu pude relaxar, eu tinha tido mais uma das minhas ilusões, tinha isso desde os oito anos de idade, sofria de ansiedade repentina e começava a ter ilusões de coisas que nunca acontecerão, ninguém sabia explicar porque isso acontecia, simplesmente acontecia, do nada eu estava bem, andando e minha mente se desligava indo pra outro lugar me fazendo bloquear tudo a minha volta e imaginar coisas que nunca acontecerão, por mais que eu já tenha acostumado com esse problema eu sempre me desesperava após despertar de uma dessas ilusões, e somente acontecia por eu ter me preocupado muito ou por ansiedade. Eu tinha ficado bons dias sem ter esse problema, mas por um descuido por não tomar um maldito remédio tudo volta.

Mãe: Mais uma vez deu ataque de ansiedade e o seu cérebro bloqueou tudo. O que fez você ficar assim? -ela perguntou assim que minha respiração amenizara e ela passava as mãos em meu peitoral flexionando meu tórax.-
Eu: Não sei, achei que vocês iam me dar uma bronca. -me sentei no sofá- Eu odeio ter esses problemas. Eu não tenho controle nem do meu próprio cérebro. Isso é horrível.
Reeve: Pelo menos você consegue diferenciar a realidade dessa ilusão que você sempre tem. -Minha irmã abriu a boca pra falar algo, nunca tinha essa atitude.-

          Era uma sensação diferente, por mais que parecia realidade, esse problema durava por apenas cinco ou seis minutos fazendo com que eu voltasse ao normal, com a respiração ofegante e com a mente confusa, e eu tinha sempre que tirar de cinco a dez minutos para me recompor da respiração e cair na real que era uma ilusão.

Maura: Tome seu remédio SeuNome. -ela se abaixou e me entregou aquele comprimido amarelo e um copo de água. Tomei ambos e me ajeitei no sofá vendo Maura sair dali.-
Eu: Graças a Deus era apenas uns dos meus surtos. -falei baixo-
Mãe: Você dizia algo como não casar com Brad, como assim?
Eu: Eu sei lá, papai queria que eu me cassasse com ele. -meu pai tossiu e me olhou-
Pai: Claro que quero, mas não será agora. Tenha calma.
Eu: Okay, eu tenho. -suspirei aliviada e levantei- Eu posso ir para o meu quarto?
Mãe: Volte na hora do jantar. -assenti e subi as escadas um pouco tonta e entrei direto no meu quarto me jogando na cama, eu odiava ter esses problemas, agradecia apenas mentalmente por Zayn não ser uma das minhas ilusões, até porque se fosse, no meu primeiro beijo com ele eu teria tido uma parada cardíaca e não estaria mais nesse mundo.-

          Resolvi que não ia descer para jantar, não estava com clima para isso, afinal meus pais parecem ser unidos como família, mas isso é somente uma falsidade, é como se eles estivesse juntos apenas por mim e por Bryan, e se nós não existimos nem juntos mais eles estariam. Sem química, sem amor. Eu poderia contar quantas vezes meu pai sorriu verdadeiramente pra minha mãe, eles foram obrigados a se cassarem pelos pais deles e por isso se suportam até hoje, ou finjam se suportar, querem seguir a tradição e por isso são falsos. E isso é uma das coisas que me dá mais raiva afinal não se tem amor, não se tem nada. Eu não queria ter um relacionamento que nem o deles, eu quero encontrar a minha metade, eu não posso ser forçada a ficar com alguém que eu não goste, porque se pensar bem, serão duas partes sozinhas e infelizes no mundo mas se deixarem com que nós encontramos o amor que merecemos, o amor que nos completa, todos terão alguém para amar e ser amado, todos serão felizes e sinceros, todos passarão o resto de suas vidas felizes com a meta de cada dia amar mais e mais e acreditar no amor, mais e mais. Ensinando aos seus filhos e netos a nova missão da vida. “encontrar aquele que te completa” tudo seria diferente, todos seriam felizes, verdadeiros, carinhosos e amados.

[…]

Dia seguinte.

          Acordei e o meu rosto estava completamente molhado, e não era de suor já que as minhas cobertas estavam todas no chão. Eu não lembrava do meu sonho, ou pesadelo, eu mal sei o que aconteceu a noite. Eu só estava preocupada com o que aconteceu ontem a noite, eu nem desci para o jantar, simplesmente dormi enquanto tentava achar algo que pudesse me livrar dessa vida. Me levantei da cama e meu corpo enfraqueceu e eu quase cai no chão. Olhei pro meu relógio e eram seis horas da manhã, três horas pra começar as aulas. Rapidamente peguei uma calça jeans, um tênis qualquer, uma camiseta e uma blusa de frio. Tomei um banho e vesti-me, penteei meu cabelo, fiz o que tinha que fazer no banheiro, quando olhei no relógio, eram seis e cinquenta, peguei minha mochila e coloquei meu material lá dentro, peguei meu celular e puxei a corda do sótão. Subi e chamei Bryan, o mandei descer e dormir na minha cama e rapidamente ele fez, deitou na minha cama, pegou os cobertores e dormiu como um bebê. Sai do quarto com cuidado e desci as escadas não tinha ninguém na sala, passei rapidamente pela cozinha e abri a geladeira tirando de lá uns sanduíches que Maura fazia pra eu levar pra escola, peguei duas caixas de suco, e umas frutas, peguei um pacote enorme de batata e enfiei tudo dentro da minha mochila, peguei a garrafa de café que estava quente e coloquei em copos recicláveis, fechei-os e coloquei na minha mochila, abri a porta de vidro da cozinha com cuidado e sai pela área da piscina correndo, que não me conhecesse e me visse aqui até diria que sou uma ladra, corri até a garagem e procurei pelas chaves, encontrei a chave do porsche branco, apertei o botão que abria o portão e então ele abriu, entrei dentro do carro e joguei minha mochila do lado, liguei ele rapidamente antes que alguém notasse o portão aberto e acelerei, sai dali com um barulho enfurecedor saindo do motor. Até engraçado.

[…]

          Parei o carro um pouco longe da casa velha e desci, peguei minha mochila, meu celular e enfiei as chaves do carro no bolso, olhei no relógio e era sete e quarenta. Empurrei a porta da casa e entrei devagar, o chão não era de madeira, então não tinha problema em fazer barulho, entrei na sala e não encontrei Zayn, mas coisas estavam lá, os remédios estavam abertos, havia um copo de água ali, e estava na metade. Eu poderia até reclamar dele ter acordado cedo mas, ele pode ter sentido dor durante a noite. E talvez agora poderia ter voltado pra casa dele, que eu não sabia aonde ficava. Me sentei no sofá cansada e escutei um barulho e vinha de lá de cima. Zayn nunca deixou eu subir lá, disse que preferia que eu corresse menos risco. Mas eu tinha escutado um barulho lá, e eu queria saber. Fui em direção as escadas e subi devagar sem fazer muito barulho e me deparei com um corredor largo e umas quatro portas e uma varanda. Caminhei mais devagar ainda e empurrei uma porta, e lá era um quarto, a parede era azul e a tinta parecia nova, tinha um colchão de casal no chão e umas roupas espalhadas no chão, procurei o Zayn ali e não encontrei, escutei mais um barulho e não quis olhar os outros quartos fui direto para o quarto que estava com a porta aberta de onde vinha o barulho, e me deparei com uma cena perfeita. Um local vazio, três paredes branca como um papel, a outra parede era aonde estava Zayn, com um spray na mão, fazendo arte, era lindo tudo aquilo. Tinha desenhos pequenos, frases, e ele tinha começado a pouco tempo já que a parede não estava completa. Eu queria rir ao ver Zayn apenas de regata e cueca box. Mas fiquei séria e entrei jogando a minha mochila no meio do quarto e Zayn me olhou.

Eu: Trouxe umas coisas pra você comer. -Ele simplesmente olhou pra mim, olhou pra bolsa e voltou a pichar a parede- Obrigada por agradecer.

          Ele nem fez questão de falar alguma coisa, continuou desenhando, me abaixei até a minha mochila e tirei as coisas que tinha levado pra ele e joguei no chão. Dei uma última olhada pro painel em que Zayn desenhava, pichava, ou grafitava, não sabia o nome daquilo. Coloquei a mochila nas minhas costas e suspirei e encarei as costas de Zayn, suas pernas de fora que não deixava um clima sério, mesmo assim ele estava me ignorando e eu odiava isso.

Eu: Ummm. Então a gente se vê... na escola. Come tudo que tem ai. -virei de costas- Desculpa por subir aqui.

          Mesmo depois desse desculpa, que foi mais pra mim do que para ele mesmo. Porque não obtive resposta, reação ou coisa do tipo. E era essa hora que eu odiava em Zayn, por ele ser tão bipolar. Em um dia ele estava feliz, abraçava, beijava, conversava, e no outro estava simplesmente sério, misterioso, rude, silêncio. Com certeza a pessoa que ficaria com ele teria que amá-lo muito para aguentar as coisas que ele faz. Para aguentar esse lado bipolar e estranho que Zayn tinha, e com certeza eu sabia que não era a pessoa certa pra isso. Eu acabaria me irritando e falando coisas que o magoaria. Escutei um barulho que me assustou, me virei e Zayn estava na ponta da escada, ele andou até a mim e parou na minha frente me olhando sem nenhuma expressão.

Zayn: Não se preocupe comigo na escola hoje. Eu me viro. -revirei os olhos porque esperava apenas um “Obrigado”-
Eu: Eu não vou. -me virei de costas pronta pra sair, a porta já estava até aberta, quando Zayn me puxou pelo braço me machucando e então colocou suas mãos em meu rosto e me puxou pra mais perto dele iniciando um beijo.

          Ele me empurrou pra parede com força, enquanto seu beijo agora era calmo e me deixava sem chão. Coloquei minhas mãos em sua nuca, prendendo meus dedos em seus cabelos. Senti as mãos de Zayn passar por todo o meu corpo e apertando cada parte dele, ele encostou seu corpo mais no meu e eu pude sentir o seu volume dentro de sua box, desci minhas mãos e enfiei por dentro da regata de Zayn e ele arfou assim que comecei a arranhá-lo. Ele levantou minha perna fazendo ela ficar ao seu lado, e me empurrou mais para a parede e me deu um selinho parando o beijo, desceu os beijos para o meu pescoço, enquanto eu apenas arranhava seu abdômen. Ele me pressionou pra cima, de uma forma que me deixava excitada, Zayn apertou minha cintura enfiou as mãos por baixo da minha blusa deslizando seus dedos até o meu sutiã. Sua barba não me pinicava como as meninas diziam que poderia acontecer, ela simplesmente roçavam me dando uma certa cosquinha que me deixava bem. Ele estava apenas me provocando, porque quando desci minha mão até a sua cueca, colocando apenas os meus dedos em volta de sua borda, Zayn riu fraco e me soltou.

Zayn: Meu celular está tocando. -ele disse e andou até aonde um celular se acendia e vibrava, eu não tinha escutado, também pudera-
Eu: Idiota. -o xinguei e arrumei minha mochila nas minhas costas, suspirei fundo e sai da casa batendo a porta com força pra descontar a minha raiva, atravessei a rua apresada e entrei no carro agora indo em direção a escola.-

[…]

          Parei meu carro na frente da escola do outro lado e permaneci lá dentro vendo quem havia chegado o que não era muita gente, liguei o som e fiquei por alguns segundos trocando de rádio pra ver se achava algo legal para ouvir, o que foi sem sucesso afinal era cedo demais e essa hora apenas passava músicas dessas bandas novas que escrevem qualquer coisa colocam um ritmo e chamam de música. Minha cabeça latejava devagar e eu fechei os olhos apenas imaginando nas coisas que eu poderia fazer pra se livrar dessa vida, até que tomei um susto, alguém bateu na janela do carro me assustado, abaixei o vidro e eu só conseguia ver a camiseta de alguém, branca e de uma marca desconhecida, assim que terminei de abaixar pude ver que era Liam, seu boné de sempre e suas roupas legais, ele se abaixou mas seu olhar era em outra direção. “O que é?” falei mas não tive resposta, estava me questionando mentalmente se todos estavam afim de me ignorar hoje, suspirei olhando na direção de Liam e vi Brad conversando com uns garotos, sai do carro sem desligar o som e fiquei ao lado de Leeyum que era mais alto que eu.

Liam: Preciso da sua ajuda?
Eu: Você não reparou que estou com um monte de problemas? -perguntei rude.-
Liam: Não, por que saberia? -suspirei.-
Eu: Você tem razão. Você não saberia, fala o que você quer.
Liam: Preciso que me coloque no grupo do Brad!
Eu: Como assim?
Liam: Só me coloque, tipo eu quero ser popular. -ri alto e ele me encarou sério- SeuNome, eu quero que você me ajude.
Eu: E por que eu faria isso? -perguntei o encarando.-
Liam: Bom, se você quiser que a escola toda saiba que você beija o Zayn Malik escondido por ai. -ele falou um pouco alto e eu o empurrei contra o carro.-
Eu: Não espalha isso okay?
Liam: Mas Brad já sabe.
Eu: Eu sei Liam, mas não precisa que todos fiquem sabendo.
Liam: Hum... e o que o corno falou?
Eu: Falou que vai queimar a sua rosca. -Ele riu e depois ficou pensativo e me empurrou-
Liam: Vai me ajudar ou não SeuNome?
Eu: Eu ajudo Liam, mas só dessa vez. Porque está me chantageando.
Liam: Como vai ser.
Eu: Só fica do meu lado e me segura.


          Ele estranhou mas assentiu, entrei no carro peguei minha mochila e desliguei o som, sai dele rapidamente o trancando e deixando ali, Liam veio do meu lado devagar e me olhando diversas vezes, assim que atravessei a rua, amoleci meu corpo e me joguei pra cima de Liam como se estivesse desmaiando, Liam me segurou e gritou por Brad, permaneci atuando do jeito que estava e esperando que Brad caísse no meu jogo. Escutei muita gente gritar a minha volta e só fiquei com os olhos fechados como se estivesse dormindo, não me importava com o desconforto somente com o que fazer Liam conseguisse seu plano, me deitaram em alguma coisa e começaram a me bater de leve no rosto então fingi abrir os olhos, eu não sei se a minha mente já sabia, ou se meu cérebro consegue localizar que eu queria ver primeiro ao abrir meus olhos, mas sei que assim que abri meus olhos foram diretos em um garoto de topete e uma jaqueta velha jeans bem longe de mim, entrando na escola sem ao menos se importar com o que tinha em sua volta. Entendi que Zayn não é o tipo certo pra mim, não se importa, me ignora e me trata como um ninguém, e eu simplesmente corro atrás dele, o ajudo e já faz parte da minha vida e sou ignorada, não tenho reconhecimento, afinal Zayn não tem as medidas certas para ser meu. Mas como o mundo é injusto só nos apaixonamos por que não foi feito pra nós, nos apaixonamos por caras errados e que nos deixam no céu, mas são errados.

CONTINUA... 
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25 comentários:

  1. Liam querendo ser popular hahaha... Mais do que e kkkk (eu sou boba naum liga :)) )
    *continua*

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  2. Perfeito! Continua logo por favor!!! 😉

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  3. ahhhhh continua vai!!! ta muito bom,, e sério, tipo PER-FECT, meio misteriosa por isso encantadora!

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  4. Verdade o mundo é muito injusto!
    A fic está d+
    Continua logo por favor =)

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  5. Continua ta d+

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  6. Elejam Camila para presidente 6969-6969 , Camila tem vários imagines perfeitos ,, e faz muitas meninas feliz , Camila não é ausente com o blog ... Ou seja , CAMILA É PERFEITA , Votem em Camila para presidente 6969-6969 e NÃO COMPREM SOLUT obrigada .

    Continua Cams

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  7. Ficoo mtoo divoo esse capitulol ameiii!

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  8. to amando continua !!!

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  9. Continua Camila ê.e
    Eu preciso que vc continua plmds ! *-*

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  10. continuaaa..tah PER-FECT..

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  11. Divulga pra mim por favor?http://imaginescomonedirectionalways.blogspot.com.br

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  12. Mds continua continua continua
    by:Duda

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  13. CONTINUA LOGO PELO AMOR DE DEUS

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  14. Muito bom! Xx Ka

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  15. agora a coisa vai ficar boa, ela abriu o olho e o Zayn parece que é bipolar!
    perfeito continua por favor!
    xoxo
    Taynara Tavares

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  16. Continuaaaa por favor... se não eu vou chorar

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  17. Continuaaaa pleaseee

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  18. Sua fic é uma droga e eu me viciei nela :o plsssss maiiis ja to em abstinência kkkkkkkkkkk

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  19. serio, pf não para de escrever essa fic, ela é simplesmente perfeita <3 continuaa pfpf Camila

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  20. a mãe da seunome não tinha morrido, quando ela tinha 10 anos?

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