Our Destiny - Capítulo doze. / 3ª Temporada.

 
 
Capítulo doze – Bem-vinda de volta.
Conte tudo e não esconda nada.
Camila P.O.V’s 

  Eu podia ter ficado escondida no beco que tinha ao lado da loja, eu poderia ter disfarçado e sair andando como se nada mais importasse, eu podia ir embora e encontrar com Harry em casa, poderia ter corrido, fingido que não o vi, mas era impossível, estava voltando ao corredor quando vi Harry e Zayn conversando, corri e quando me escondi no beco eu percebi a merda que eu tinha feito e pensei na possibilidade de nunca conseguir ter coragem o suficiente para encará-lo, mas eu tinha que fazer isso, um dia eu teria que contar que estou aqui e que na verdade eu não morri, eu teria que contar a ele o que tinha acontecido comigo e o que eu tinha feito por quase quatro anos, e como eu sofri na mão daquele médico. Eu quis ter coragem pra isso e quando eu o vi saindo com Harry os dois conversando, Zayn sorrindo daquele jeito que enrugava o nariz e Harry sério olhando em volta, provavelmente me procurando, Zayn estava com os cabelos compridos, os braços quase todo coberto por tatuagens, tinha um belo sorriso no rosto, um lindo sorriso e um brilho diferente no olhar, não tão brilhoso como a um tempo atrás mas sim era brilhante e cheio de vida, como se ele tivesse ressurgido como se ele estivesse vivendo uma nova vida. Por um momento pensei em recuar e deixar ele viver feliz pelo menos pela primeira vez e não interromper, mas quando me vi eu já tinha saído do beco e estava andando devagar até os dois, Harry falava algo enquanto Zayn tragava um cigarro eu não sabia o que fazer e o que falaria, só me aproximei, enquanto isso milhares de lembranças enchiam a minha mente.

Flashback on. 

  Entrei em praticamente uma mansão durante a noite, tinha muita gente estavam todos festejando, avistei Harry na cozinha comendo um bolo recheado com a SeuNome, ambos bêbados, tão bêbados que riam sozinhos como se fossem duas crianças, a casa estava lotada e eu mal conseguia me mover, por um grito da porta perguntei aonde estava Zayn e Harry disse no andar de cima e depois de empurrar muitas pessoas eu consegui subir, eu precisava falar com ele, eles tinham saído e me deixado na casa de Zayn com Niall, eu estava dormindo e quando acordei aquele garoto estava lá, anotando em notas mentais coisas irritantes para me falar quando acordasse, ele tentava de alguma forma deixar claro que ele não gosta de mim e que nós não seremos um bom casal e ele e a Sidney se amam e blá, blá, blá, mas soava ignorante, era como se ele tivesse gritando pra mim “me deixa em paz, eu não gosto de você e você é uma chata” acho que isso doeria menos do que “sabe o que é, mas eu e a Sidney nos completamos” qual é, eu não sou obrigada a ficar ouvindo garoto nenhum vir com esse papinho idiota pro meu lado porque comigo não rola. E como sempre, me irritei, não aguentava mais ficar com o Niall, as irmãs de Zayn estavam dormindo e eu estava sem sono e sem ter o que fazer, resolvi vir atrás de Zayn, precisava de um ombro amigo, de um abraço de urso, de um carinho de irmão, e ele sabia muito bem me dar isso.

– Hei, você não pode passar, só gente autorizada. – um grandão disse, mas eu não sabia dizer se ele estava brincando ou não, tentei passar a ele me empurrou quase me fazendo cair no chão. – Não pode entrar. – falou sério engrossando a voz, me movimentei ao teu lado e olhei lá pra dentro, um quarto na cor rosa e Zayn estava no chão, junto de alguns garotos e garotas, eles brincava de um jogo com uma garrafa de cerveja, e as garotas estavam quase nuas, algumas já estavam, outras só de calcinha e outras estavam toda vestida, já os garotos, que eram em torno de seis contando com o Zayn estava de cuecas e calças, Zayn estava de cueca e a garrafa estava rodando, tentei passar pelo garoto grande mas ele ficava me impedindo até ouvir Zayn gritar e pedir pro cara me soltar, dei um sorriso pra ele antes de entrar no quarto aonde todos pararam de jogar pra me olhar.
Eu: Eu preciso de uma ajuda. – parei na porta.
Zayn: Precisa ser agora?
Eu: Sim, precisa. Vamos, levanta. – comecei a pegar as roupas de Zayn, que eu sabia quais eram. Ele levantou rapidamente e ficou me olhando pegar suas coisas, entreguei a ele e comecei a andar na frente enquanto ele se despedia das pessoas, do lado de fora já, Harry e SeuNome nos seguiam, Zayn já estava com a calça vestida e o tênis calçado, a camiseta estava no ombro.

  Harry e SeuNome vinham abraçados, rindo do nada e se beijando, na verdade se molhando de saliva, porque mal conseguiam acertar os lábios um do outro, Zayn estava cantando uma música que eu nunca tinha escutado antes e batucava com a mão na própria barriga, assim que saímos da mansão, já estávamos na calçada escutamos um barulho de sirene, olhamos pra trás e uma viatura tinha acabado de parar em frente a mansão, todos os adolescentes presentes estariam ferrados, já eu e os bêbados começamos a correr em direção a um jardim botânico que o Harry havia comentado que ia sempre quando queria fugir das coisas, ele ficava sempre aberto e durante a noite há pouca movimentação, eu adorava aquele lugar, era calmo, batia um briza forte que vinha das árvores e tinhas umas luzes, semelhantes com aquelas de natal, só que azul e elas ficavam o ano inteiro, nunca eram trocadas ou tiradas de lá, sempre eram as mesmas e isso dava um ar de mais natural e calmo ao jardim, era muito bonito de se observar. Zayn se aproximou de mim e passou os braços em volta de meu pescoço sorrindo, escutei um grito de Harry que estava lá atrás.

Harry: Bom galera, é aqui que eu me despeço de vocês, vou pra um lugar mais sossegado ficar com a minha garota e namorar um pouco, a gente se vê amanhã. – gargalhei com a forma embolada que ele pronunciava as palavras.
Zayn: O que queria conversar?
Eu: Nada demais, só queria ter alguém comigo.
Zayn: E agora tem, estou aqui. – sorriu, passamos por uma estradinha só então parando um pouco afastado do portão de frente pra um lago.
Eu: Queria entender porque nada nunca dá certo. Eu não entendo como que possamos gostar de alguém que não gosta da gente? – Zayn suspirou.
Zayn: Eu me faço essa pergunta a muito tempo. – sentou e eu me sentei ao seu lado. Ficamos em silêncio por alguns minutos. – Porque você não me dá uma chance?
Eu: O quê?
Zayn: Você sempre diz que somos amigos, e que não sabe se sente mais alguma coisa por mim, mas escuta, se você nunca ficar comigo, você nunca vai saber, talvez ai no fundo tenha algum sentimento pronto pra ser do Malik. – ele riu.
Eu: Zayn… – estava inquieta. – Não sei se posso, eu já te beijei várias vezes e nunca senti nada.
Zayn: Me beijou porque estava solitária, porque estava deprimida, você nunca me beijou sem algum motivo para ser reprimido.
Eu: Não sei se resolve.
Zayn: Então transa comigo. Quero dizer, faz amor comigo, você vai saber se a gente fazer sexo se gosta de mim ou não, porque vai ser no momento do clímax, no momento em que eu olhar nos seus olhos e você procurar a minha boca no escuro que você vai saber se gosta de mim ou não.
Eu: Como tem tanta certeza?
Zayn: Eu não tenho, mas não tenho medo de arriscar.
Eu: E se não der certo?
Zayn: Se não der certo, nós voltaremos a ser quem somos, somente amigos que emprestam ombros, roupas e toalhas, seremos apenas o mesmo que sempre fomos, ambos com amores platônicos.
Eu: Você quer fazer isso agora? – o olhei séria e ele sorriu.
Zayn: Você que decide, se quiser me amar agora. – sorriu sem jeito e eu também, levantei um pouco e Zayn esticou as pernas pra que eu pudesse sentar no seu colo. – Eu vou bem devagar e você vai sentindo as emoções e pensando se eu sou realmente o cara pra você. – sussurrou e percebi que ele ia começar de novo mas o empurrei pra deitar no gramado e colei nossos lábios.

  Eu desci o beijo por todo o seu peitoral, parando então somente pra abrir a sua calça e com a sua ajuda a tirei, Zayn puxou a minha camiseta pra cima e colocou ao lado, tirei meu tênis com dificuldade e logo a calça, em segundos nós estávamos nus, nós já tínhamos nos vistos assim antes, mas não nessa intensidade de prazer e luxuria em que nos encontrávamos. Cerca de meia hora depois, me joguei ao lado de Zayn no gramado, minha mente estava confusa e eu não sabia se quer o que dizer, mas ao olhar os olhos castanhos de Zayn sobre mim e lembrar de cada momento dos últimos minutos foi instantâneo não sorrir e dizer que ele era o certo pra qualquer garota, toda a paciência e todo o carinho que ele tem por mim, todos os olhares misteriosos e os sorrisos apaixonados, mesmo que eu não esteja olhando pra ele, ele está olhando pra mim me observando de todas as maneiras e com um sorriso bobo no rosto, ele me faz rir mesmo que seja com uma piada idiota, ele tenta, ele quer ficar próximo de mim, e mesmo quando está num jogo com um monte de garota nua que provavelmente ele pegaria duas só pra ele, ele levantou e quis me acompanhar, me ajudar. Sempre que eu chegava triste em seu quarto dizendo sobre os meus relacionamentos de menos de um mês que já havia terminado, ele levantava e dizia que a dor passaria, me abraçava e ficava a noite inteira comigo, me fazia cócegas, me abraçava, contava histórias e até assistia filmes idiotas que somente eu gostava. Nunca percebi o quanto ele estava sendo diferente comigo e não era porque eramos amigos e sim porque ele gostava de mim, e enfim ele teve razão, não que sexo resolva tudo, mas algumas exceções que pra saber realmente de quem gostamos precisamos fazer experiências diferentes para podermos enxergar, no meu caso foi necessário o prazer, já tem casos em que precisa de uma carta, de flores, de uma música cantada ao luar, de um presente mais caro, mas não importa para os olhos ser aberto, precisa de ser algo diferente, algo surpreendente, novo, algo que nos acorde desse pesadelo de ilusões em que vivemos. E possamos enxergar que talvez estamos procurando tão longe aquilo que temos tão perto.

Flashback off. 

  Zayn me olhava com os olhos arregalados, e eu entendia o porquê, afinal para qualquer um que me conhecesse eu estava morta, totalmente morta. Ele tentou se mover enquanto eu estava ali parada na sua frente o olhando por inteiro, o cheiro do seu perfume era forte e ele acomodava as minhas narinas fazendo com que eu aproveitasse aquele cheiro bom, Harry em um movimento rápido abriu a porta e nos empurrou pra dentro do carro, um pouco relutante ele entrou no carro ainda sem dizer nada, eu só queria um abraço ou pelo menos, uma pergunta sobre tudo isso que estava acontecendo, mas doeu ver ele me olhando daquele jeito, seus olhos estavam arregalados e parecia bastante assustada, talvez processando toda a ideia. Harry entrou no carro e sem ligá-lo ele ficou esparramado no banco da frente olhando pra frente, ele não queria ouvir aquela conversa, mas ele teria que ouvir.

Zayn: Você?! Oh… – suspirou – O que… Camila?
Eu: Oi! – não sorri, o meu olhar estava bem “morto”.
Zayn: Oh, meu deus, aonde você estava? Não, não me fala, eu não quero ouvir. Caralho, você está viva. – engoli a seco o olhando, ele parecia muito irritado. – Eu estive sozinho, você soube? Qual o seu problema? Forjar a própria morte? Sumir, fugir? Ou sei lá o que você estava fazendo? – ele virou pra frente irritado mas me olhava ainda inconformado com tudo. Eu suspirei antes de começar a falar, eu não contaria nada pra ele, nada que aconteceu, somente algumas coisas que ele precisava saber, detalhes só o Harry saberá.
Eu: Eu precisei ficar fora, foi preciso, Zayn.
Zayn: Foi? Foi preciso também, perder os primeiros passos do seu filho, aliás, foi preciso deixar o seu filho nas minhas mãos? Eu era uma criança, Camila, mal sabia o que era responsabilidade e você o jogou pra mim.
Eu: Eu o joguei pra você? Ou era eu, ou era ele.
Zayn: O que quer dizer?
Eu: Eu tive uma gravidez de risco, eu tinha machucado o meu tornozelo e na queda eu possa ter machucado o bebê de alguma forma, além de que meu útero não estava totalmente em formação pronto pra encaixar um ser vivo. E eu estava em uma clínica que ninguém me conhecia, ninguém sabia de mim ali, o doutor disse que poderia me ajudar a viver e ter Caleb. Mas ele ia querer Caleb, ele disse que ia querê-lo para umas experiências que ele tinha feito, eu não poderia dizer que não porque ele poderia matar Caleb com cinco meses de formação, eu não queria dizer não, e mesmo se eu dissesse sim e tivesse um plano pra fugir, era uma cirurgia muito forte, eu não conseguiria forças o suficiente pra chegar a tempo de ligar pra você. Eu estava muito fraca.
Zayn: Porque ele tinha te…
Eu: Deixa pra lá. – abaixei a cabeça e olhei pros meus pés enquanto balançavam. – Eu, fiz uma troca com o William, eu ia pra casa dele fazer os testes e deixava Caleb com você, porque independente do que fosse os exames eu era mais forte e Caleb precisava viver uma vida inteira e eu não tiraria isso dele, nunca.
Zayn: Então você foi com ele? Foi com o William, e disse pra ele deixar Caleb comigo.
Eu: Era o meu trato. – Harry ligou o carro. – Se não ele não deixaria um dos dois viver. Então seria eu morta de verdade e Caleb pra suas experiências.
Zayn: Que tipo de experiências?
Eu: Algumas. – olhei pra Harry pelo retrovisor.
Zayn: Você perdeu as primeiras palavras dele. – falou sério, dando ombros e parecendo não se preocupar. – Eram mamãe, perdeu a primeira vacina, os primeiros passos e todas as perguntas curiosas. Perdeu tudo de mais importante, quer voltar agora?
Eu: Eu gostaria de vê-lo, de acompanhá-lo, escuta, me desculpa por não ter conseguido chegar antes, de não ter visto o andar, ou falar mamãe. Eu precisei ficar, não tinha forças o suficiente pra sair de onde eu estava.
Zayn: Você diz como se estivesse presa em casa, amarrada, você poderia chamar a polícia.
Eu: E usar que provas? Prova que eu era maltratada? Mas eu não tinha hematomas, provas que eu estava presa a força na casa dele? Mas como eu provaria isso? Desculpa eu não sou o Batman, inteligente o suficiente pra achar algo que pudesse me fazer sair de lá. – suspirei irritada. – Quer saber como eu sai? O doutor William e o seu filho me prenderam no porão, com umas garrafinhas de algo e uma papa que parecia ração de cachorro batido no liquidificador, eu não estou mentindo, isso foi real, Malik, ele queria saber quanto tempo um ser humano teria imunidade se vivesse a base de água e uma refeição de feijão eu acho e arroz batido, por dia. Essa era sua experiência, as vezes ele descia para dar uma olhada, anotava algumas coisas, ele gostaria de saber quanto tempo eu viveria lá, eu não sei de onde ele é, mas provavelmente de um século passado, franceses são loucos. Enfim, com o tempo eu fui emagrecendo, consegui emagrecer tanto que minhas roupas ficaram largas em mim, em um dia eles haviam deixado a porta do porão aberto e eu subi, não tinha por onde fugir, mas eu passei por aquelas portinhas de cachorro sabe? – ele me olhou assustado e Harry freou o carro com tudo, me assustando.
Harry: Você passou por aquelas portas?
Eu: Como um lobo, assustado, magro, correndo com os seus ossos estralando e escutando o barulhinho que faziam. – olhei pro Harry.
Harry: Por isso você está com essa cara horrível.
Eu: Obrigado pela parte que você diz: “Oh meu Deus, você parece tão bem pra quem esteve quatro anos longe”
Harry: Você quer que eu minta?
Eu: Quero que me faça sentir bem.
Harry: Quer que eu minta?
Eu: Se for preciso, me faça sorrir.
Zayn: Você continua bem. – piscou algumas vezes, sorri sem jeito. – Mas os ossinhos do seu rosto estão muito engraçados quando você sorri, era tão gordinho aqui. – ele deu um tapa no meu rosto.
Eu: Achei que receberia um abraço, não um tapa. – sussurrei, Harry voltou a dirigir.
Zayn: Desculpa, não estou preparado ainda pra isso. – assenti balançando a cabeça e virei a minha cabeça pra ver a rua, estávamos na rua da escola.
Eu: Eu entendi que as coisas não serão as mesmas.
Zayn: Você esteve longe por quatro anos, não por quatro dias, eu chorei por você, eu quase morri por você, passei noites em claro, sofrendo, fumei muitos cigarros tentando apagar a dor, pensei em doar o Caleb para alguém que pudesse cuidar dele, deixei a porta da varanda da minha casa aberta, observei as estrelas e chorei sozinha enquanto rezava para que tudo ficasse bem, eu pedi todos os dias pra você voltar, e eu estava errado quando fiz isso, há uma dor dentro de mim. As coisas não serão mais as mesmas. – assenti com a cabeça e olhei pra fora, tínhamos chegado, retirei o Batman da sacola e ameacei a levantar. – Ele vai gostar do Batman, ele é fã dele.
Eu: Imaginei que fosse. – assenti devagar e abri a porta saindo, dei a volta no carro e parei bem próximo do mesmo, podendo ver Harry com o braço pra fora do carro me olhando perturbado, talvez não fosse da forma que eu imaginasse, mas eu não teria como tirar essa dúvida se não tentasse, sei que Zayn tem fotos minhas em sua casa, e como Harry havia dito antes, ele sabe de mim, espero que ele não me ignore por todos esses anos sem vê-lo.

  Fiquei ali parada, olhando pra multidão de crianças que começaram a sair da escola, todas bem pequenas e com a inocência no olhar, olhei pra todos os lugares, mas o meu maior foco era no portão de saída, esperava logo ver aquele rostinho, e não demorou muito, logo o vi descendo a escada do prédio, as mãos presas na mochila preta, uma blusa de frio, vermelha com desenhos do Batman, sorri automaticamente com isso, o cabelo estava cumprido, amarrado e cortado da mesma forma que de Zayn, ele tinha todas as características de Zayn. Era exatamente igual, por uma fração rápida de segundos ele ergueu a cabeça e começou a olhar para os lados provavelmente procurando por seu pai, eu o vi olhar pra Harry e sorrir animado, começou a andar rápido e quando olhou pro lado e seus olhos se encontraram com os meus ele parou de andar no meio da multidão que corria e andava de um lado pro outro, sorri sem jeito e dei ombros, ele abriu a boca e arregalou os olhos, em um movimento brusco ele começou a correr e a minha única reação foi abaixar para segurá-lo em meus braços quando terminou de correr, chocou seu corpo contra o meu e quase caímos para trás, sorrimos juntos. Ele me apertou tão forte que eu senti muitas vibrações em meu corpo, me arrepiei por inteira e o meu coração batia mais forte a cada suspiro que eu ouvia dele. Eu tentei o soltar de mim, mas ele estava bem preso, não queria me soltar, logo senti meu ombro se umedecendo e então percebi que Caleb chorava.

Eu: Ei, ei, não precisa chorar. Oi.
Caleb: Papai disse que você não voltaria, que você foi viajar pra muito longe.
Eu: Papai estava certo, eu fui viajar pra muito longe, mas eu quis voltar pra ver você. – e então ele me soltou e olhou nos meus olhos, seus olhos castanhos.
Caleb: Então você não me abandonou?
Eu: Te abandonei? Porque isso?
Caleb: Na escola eles dizem que você…
Eu: Não acreditem neles, nunca, eu estou aqui não estou? Não te abandonaria, Caleb. – ele sorriu sem jeito.
Caleb: Você é linda. – ele sorriu mais animado e se jogou novamente nos meus braços. – E você está de volta.
Eu: Sim, estou. – olhei em volta, ainda estava com medo de que o Doutor William poderia ter viajado até a Inglaterra atrás de mim. – Olha o que eu trouxe. – mostrei o Batman pra ele e ele pegou da minha mão e arregalou os olhos.
Caleb: Veja tio Harry, Bruce Wayne. – falou alto e Harry acenou após colocar um óculos escuros e sorriu pro menino.
Harry: Sim, é o Caleb Wayne, agora entre no carro, querido.
Caleb: Vem. – ele pegou na minha mão e me puxou pro carro, abri a porta e Caleb entrou mal dando atenção pra Zayn que mexia na barba e estava quieto no canto do carro, Caleb deu um beijo na sua bochecha por cima da sua barba e voltou a olhar pra mim com os olhos brilhantes. – Você vai ficar conosco?
Eu: Não sei, estou morando com o tio Harry, posso ir visitá-lo?
Caleb: Claro, você pode, pode sempre. – falou sorridente e Harry ligou o carro, olhei pra Zayn que não teve nenhuma reação em base do filho. – Você é igual as fotos. – ele sorriu. – Só que você não tinha os cabelos pretos lá.
Eu: Eu pintei para parecer com os seus. – passei a mão em seu cabelo-cópia-do-Zayn.
Caleb: E está igual. – falou animado e jogou a caixa do Batman em cima de Zayn e pulou em mim me agarrando pelo pescoço, eu o abracei e olhei pra Harry pelo retrovisor e ele sorria animado enquanto cantava uma música na rádio.

  Quase vinte minutos depois estávamos a dez minutos da casa de Zayn pelo que eu ouvi eles conversarem, Caleb estava por inteiro no meu colo, com as mãos em volta do meu pescoço o prendendo com força, suspirava mais calmo, parecia ter dormido, era a primeira vez que ele dormia no meu colo. Era a primeira vez dele no meu colo. Eu observava a estrada passar da janela em que Zayn estava encostado e quando Harry passou por uma casa eu vi alguém que parecia familiar, esmurrei Harry e pedi para ele parar, ele disse que não pararia, mas depois de insistir, ele parou em quase três casas na frente, me inclinei por cima de Zayn olhando lá pra fora e pude ver quem eu já imaginava ser.

Eu: Aquela é a SeuNome?
Harry: Quem?
Zayn: Quem?
Eu: A SeuNome, ali. – apontei pra um casal na calçada três casas atrás de nós.
Zayn: Não acho que seja.
Harry: É ela. – ele se jogou no banco do passageiro e olhou atento pra lá com a janela fechada. – Ela estava com essa roupa hoje de manhã.
Eu: E quem é aquele com ela? É o Ben… Benjamim? – estremeci e Zayn me olhou preocupado.
Zayn: Que vontade que eu tenho de socar esse infeliz. – sussurrou e continuamos olhando pros dois.
Eu: O que ela faz com ele?
Harry: Eu não sei, ele tem ido visitar ela algumas vezes, mas não sabia que ela visitava ele.
Eu: Parece que sim. Parece que ela tem se tornado uma vadia também.
Zayn: Harry tem duas, porque ela não pode ter dois? Pare com esse machismo. – chamou a minha atenção me olhando com raiva.
Eu: Ótimo, não era assim antes. Dois? Ao mesmo tempo?
Zayn: Bem-vinda de volta. – sorriu sem humor e logo virou pra olhá-la.
Harry: Será que ela se decidiu? Escolheu Benjamim em vez de mim? Será que ele ganhou?
Eu: Liga pra ela!
Harry: O quê? Não!
Eu: Liga, Harry. Liga e pergunta se o encontro ainda está de pé, se vocês ainda vão ao encontro.
Zayn: Isso, liga e vê a reação dela quando ver que você está ligando.
Harry: Acho isso errado.
Eu: Liga logo, se não eu ligo. – ele assentiu e ligou pra ela, me curvei para atrás pra ver o que ela faria, ele deixou no viva voz, tocou até a terceira vez e ele desligou e ligou novamente, tocou uma, tocou duas e então ela se desvencilhou do Benjamim e atendeu o telefone.

“Alô”
“Alô SeuNome”
“Oi, precisa de algo?”
“Gostaria de saber se o nosso encontro de sexta ainda está confirmado, você irá?”
“Ah, claro, irei sim” – falou bem rápido, Benjamim olhava curioso.
“Tudo bem, então nos vemos na sexta?”
“Sim”
“Está aonde?”

  E então ela desligou, franzi o cenho e olhei pra Zayn que ainda olhava pra ela, ela colocou o celular de volta no bolso e voltou pro Benjamim, olhei pra Harry e ele estava quieto, silencioso e olhava pros dois com raiva nos olhos, me movi e passei as mão em seus cabelos cumpridos fazendo ele olhar pra mim.

Eu: Sexta você vai ter que dar o seu melhor. – ele assentiu ainda sem animação. – Nos leve embora, Harry.
Harry: Tudo bem. – ele voltou a postura normal e eu ajeitei Caleb no meu colo, Zayn me olhou com reprovação como se me culpasse do que havia acontecido, por certo lado a culpa era minha eu o fiz parar, mas foi impulso então não foi totalmente culpa.

  Olhei pra trás e assim que Harry começou a dirigir, vi SeuNome e Benjamim se agarrando e então se beijaram, engoli a seco e continuei vendo eles se beijarem com intensidade, quis descer do carro e separá-los logo, ela estava louca em se envolver com ele, ele é culpado de Caleb ter crescido sem uma mãe, ele é culpado por Zayn agir assim, pela falta de memória da SeuNome, culpado pelo afastamento de Harry e SeuNome, ele é o principal culpado, eu sei que ela não sabe o que está fazendo, mas mesmo quem perde a memória é capaz de saber que Harry é melhor que qualquer outro garoto, além de que se alguém tem Harry correndo atrás não precisa de Benjamim algum pra te satisfazer. Ela teria que enxergar a verdade, por bem ou por mal.

Continua.... 
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Gente como é difícil achar gifs desses meninos pra colocar aqui, to já faz um tempão procurando gifs, cheguei a desistir não dá mais skjahskha enfim, eu sei que tá sem capa mas é porque eu estou sem photoshop ai quando eu baixar ele eu faço as capas mais caprichadas. Bom, eu acho que Our Destiny está acabando, acho que mais uns cinco capítulos e acaba :ooo
Enfim, eu estou escrevendo uma fanfic bem legal, além daquelas que eu já havia começado, Comeback e From Doncaster, bom talvez eu poste elas em breve, sim eu sou de lua, as vezes quero as vezes não. Sou doida, pra facilitar kkkkkkkk bom, ta ai o capítulo de hoje, em breve posto o treze, to escrevendo ele já que eu o perdi né kkkk trago ele quando finalizá-lo. Beijos. 
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5 comentários:

  1. Continua xoxo Isabel

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  2. O Caleb com a Camila ai que fofo...
    E o que a "S/N" tá fazendo com o Benjamim e ainda por cima se agarrando!!!
    Mas OD já está acabando puxa...Que pena
    Continua please Xoxo

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  3. to com rqiva de mim mesma troca o harry pelo ben ai ja é demais fato de beleza

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  4. estou ate prevendo quando Seu nome volta ate a memoria o ben vai se linchado tanto por harry quanto a camila

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  5. Mds que fofo o caleb ...espanquem a seu nome por favor ela disturbio so pode meu deus ta divino esse capitulo

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